Chuva vai continuar a marcar presença em Portugal continental: saiba o que dirão os termómetros nas principais cidades nacionais
O efeito da tempestade ‘Bert’ está a fazer-se sentir em Portugal continental desde este domingo, com o mau tempo a fazer-se sentir: o IPMA colocou o arquipélago da Madeira sob aviso amarelo este domingo por causa da chuva por vezes forte, passando a aguaceiros que podem ser acompanhados de trovoada, informou esta sexta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). As costas norte e sul e regiões montanhosas da ilha da Madeira e o Porto Santo vão estar sob aviso amarelo entre as 00h00 e as 12h00 de domingo. O IPMA emitiu também para o distrito de Faro um aviso amarelo por causa da agitação marítima que vai estar em vigor entre as 00h00 e as 23h00 de domingo.
Se Portugal vai sentir os feitos desta tempestade, o resto do mundo não está livre de condições meteorológicas extremas: aliás, um reflexo do que tem sido 2024, sejam tempestades ‘inesperadas’ que se formam repentinamente e causam enorme destruição – fenómenos muitas vezes classificados como “um em mil anos” mas depois se repetem dias depois – como calor e frio.
Mas para estes últimos dias de novembro há situações meteorológicas de revelo, sobretudo quando se consultam os registos históricos.
É o caso da tempestade ‘Sara’, na Honduras, particularmente devido ao facto de ter ficado ‘estacionária« durante 2\3 dias a ‘despejar’ enormes quantidades de chuva sobre este país, entra, desde já, para o top 10 das tempestades tropicais com mais chuva provocada, desde que há registos: “La Ceiba” registou mais de 2325mm de precipitação entre dias 14 e 18 de novembro, com estragos incalculáveis para os hondurenhos.
MarcePH, NikaPH, OfelPH e PepitoPH – foram quatro ciclones tropicais nas Filipinas em apenas 10 dias (e 6 em 20 dias!), sendo que todos os referidos tiveram intensidade igual ou superior ao equivalente a um furacão categoria 4 no Atlântico (com ventos superiores a 200km/h) – todos tocaram a ilha de Luzon, no norte das Filipinas. Quão comum é? Nunca houve nada semelhante nos registos.
Nos Estados Unidos, um ‘ciclone bomba’ – ou uma “ciclogénese explosiva”, de acordo com a comunidade meteorológica – deverá formar-se a oeste dos EUA e sudoeste do Canadá: este ciclone de formação rápida e de grande intensidade pode vir a ter uma pressão central a rondar os 940mb, algo semelhante a um furacão categoria 3\4, mas, felizmente, não irá ter impacto direto com terra – o que não invalida que vá trazer grandes problemas – ao longo da Costa entre a Colúmbia Britânica (Canadá) e os estados de Washington, Oregon e Califórnia, as rajadas de vento podem atingir mais de 120km/h – e as ondas mais de 10 metros! A precipitação será ainda mais preocupante – ao longo dos estados já anteriormente mencionados, particularmente mais perto do mar, este rio atmosférico pode deixar 150 a 300l\m2 de precipitação – causando risco elevado de inundações, cheias rápidas, enxurradas e derrocadas
Mais perto de Portugal, um ‘ciclone bomba’ desenvolveu-se a oeste do Reino Unido, com valores de pressão atmosférica central que espantaram os meteorologistas, com potencial para rajadas de vento superiores a 130km/h nos locais mais expostos – além de ondas até 10 a 15 metros!
O tempo estará bastante propício a queda de neve em vários países europeus – desde o Reino Unido, onde já começou e, claro, nos locais mais comuns, como norte da Europa. Tudo isto acompanhado por várias depressões, e bastante vento – e condições de “blizzard”. Para já preveem-se acumulações de neve particularmente notáveis nos Alpes – onde, certamente, irá superar um metro de acumulação, talvez mesmo 2 metros localmente, sendo de prever também que, praticamente todos os países europeus, à exceção do Sul da Europa, como Portugal e Grécia, vejam neve ao longo da semana.
Por isso, de regresso a Portugal, o que esperar do estado do tempo para esta semana?
Segundo o IPMA, para esta segunda-feira conte com “céu muito nublado, diminuindo de nebulosidade nas regiões Norte e Centro a partir do meio da manhã”, assim como “períodos de chuva, por vezes forte nas regiões Norte e Centro até ao início da manhã, passando gradualmente a regime de aguaceiros fracos e pouco frequentes nas regiões Norte e Centro a partir do início da manhã”.
Os meteorologistas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera preveem igualmente “vento fraco a moderado (até 30 km/h) do quadrante sul, por vezes forte (até 45 km/h) no litoral oeste e nas terras altas, com rajadas até 70 km/h, até ao início da manhã, tornando-se gradualmente em geral fraco de oeste/noroeste”, e uma “descida de temperatura nas regiões Norte e Centro”.
Como é que isso se vai refletir nos termómetros ao longo desta semana?
Lisboa – entre 12 e 20 graus
Porto – entre 10 e 18 graus
Viana do Castelo – entre 9 e 19 graus
Braga – entre 7 e 21 graus
Vila Real – entre 7 e 21 graus
Bragança – entre 4 e 16 graus
Aveiro – entre 10 e 21 graus
Viseu – entre 5 e 17 graus
Coimbra – entre 9 e 20 graus
Guarda – entre 4 e 13 graus
Leiria – entre 9 e 20 graus
Castelo Branco – entre 8 e 18 graus
Portalegre – entre 10 e 17 graus
Santarém – entre 10 e 21 graus
Setúbal – entre 10 e 22 graus
Évora – entre 9 e 20 graus
Beja – entre 10 e 21 graus
Faro – entre 13 e 22 graus
Ponta Delgada – entre 15 e 20 graus
Funchal – entre 17 e 25 graus