China vai aumentar compra de petróleo à Rússia. Negociações entre os dois países estão em curso
O governo chinês quer aumentar as reservas estratégicas de petróleo do país e vai reforçar o programa de compras ao país aliado, numa altura em que os preços do barril russo sofrem cortes devido às sanções ocidentais.
As negociações entre Pequim e Moscovo estão a decorrer, de acordo com a ‘Bloomberg’, e estarão a ser conduzidas pelas autoridades governamentais, sem grande participação por parte das petrolíferas estatais.
Depois da invasão da Ucrânia, o preço do barril de petróleo russo registou uma queda significativa, tendo em abril sido negociado na fasquia dos 70,5 dólares, segundo dados do ‘Statista’, depois de em fevereiro ter atingido um máximo dos últimos quatro anos, quando atingiu os 92,2 dólares.
Com os mercados mundiais a fecharem as portas aos produtos energéticos da Rússia, o Kremlin tem procurado mitigar os impactos económicos de uma das principais fontes de receitas. Números da mesma fonte indicam que as proibições de importação de gás e petróleo aplicadas pelos países ocidentais poderão resultar numa contração de 4,1% do Produto Interno Bruto da Rússia em 2022.
A Índia e a China têm sido apontadas como os principais pontos de apoio para evitar o colapso de uma economia russa fortemente dependente da venda de combustíveis fósseis. Esta semana foi noticiado que a Índia tinha aumentado o volume de petróleo importado da Rússia, tendo em abril comprado 277 mil barris por dia, face aos 66 mil diários de março.
Contudo, com a política de “tolerância zero” conduzida pelo governo de Pequim, com confinamentos generalizados e a paralisação de vários setores de atividade, subsistiam dúvidas quanto à capacidade da China para ajudar a economia russa. Mas agora a China pode agora ressurgir como uma das colunas-mestras da recuperação da economia russa.