China continua provocações e utiliza “guerra cognitiva” para intimidar a população, acusa Taiwan

A Presidente de Taiwan denuncia que a China está a recorrer a táticas de “guerra cognitiva” para intimidar o seu país, a par de missões aéreas através das quais Pequim invade o espaço taiwanês com drones, aviões de combate e navios.

“Além das frequentes intrusões de aviões e navios chineses, a China também tem conduzido guerra cognitiva, com informação falsa que tem como objetivo criar distúrbios nas mentes das pessoas”, acusa Tsai Ing-wen.

Na passada segunda-feira, o governo de Taiwan divulgou que nove aeronaves do exército chinês entraram em espaço aéreo do Estado insular, incluindo um drone de reconhecimento BZK-007. Relata o ‘The Guardian’ que essa é a primeira vez que o percurso feito por um drone foi revelado pela Defesa taiwanesa.

Adicionalmente, na semana passada, os militares de Taiwan abateram, pela primeira vez, um drone chinês civil, após a Presidente Tsai Ing-wen ter dado à Defesa ordens para aplicarem “forte contramedidas” face às provocações chinesas.

No dia 3, o governo norte-americano anunciou que firmou um acordo de venda de armas a Taiwan no valor de 1,1 mil milhões de dólares, um pacote que inclui programas de vigilância de radar, fortalecendo a defesa aérea do país asiático.

Pequim respondeu ao apoio de Washington, acusando a administração de Joe Biden de estar a “causar problemas” na região e exigiu que o contrato de venda de armamento fosse cancelado.