Chefe da diplomacia do Irão deslocou-se a Beirute

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, iniciou hoje uma visita ao Líbano, a primeira deslocação de um membro do governo de Teerão após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

“A nossa delegação encabeçada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros integra dois parlamentares e o Presidente do Crescente Vermelho e vai reunir-se com altos funcionários libaneses”, disse o porta-voz da diplomacia de Teerão, Ismail Baghaei.

A visita decorre no dia em que o exército israelita ordenou a evacuação imediata de mais 36 aldeias no sul do Líbano, acusando o Hezbollah de ações que “obrigam a agir”.

“Para vossa segurança, devem sair imediatamente das vossas casas e dirigir-se para norte do rio Awali, para salvarem as vossas vidas”, declarou o porta-voz do Exército israelita, Avichay Adraee, num comunicado escrito em árabe.

O rio Awali situa-se a quase 50 quilómetros da região de Tiro, onde se concentram muitas das aldeias que devem ser evacuadas.

Adraee advertiu no mesmo comunicado, divulgado nas redes sociais, que “qualquer pessoa que esteja perto de membros do Hezbollah, instalações e meios de combate coloca a vida em risco”, e que qualquer casa que tenha servido os objetivos do grupo xiita vai ser alvo dos israelitas.

Aos bombardeamentos israelitas no sul do país – juntamente com o vale de Bekaa e Beirute – juntou-se, na madrugada de terça-feira, uma ofensiva terrestre das Forças Armadas de Israel que registaram nove baixas.

Israel bombardeou vários alvos dos subúrbios do sul de Beirute onde a intensidade dos ataques provocou o desmoronamento de vários edifícios.

Hoje, a imprensa israelita noticiou que o futuro líder do grupo xiita Hezbollah, Hashem Safi al-Din, “foi atacado” nos últimos bombardeamentos.

Israel e o Hezbollah estão em conflito desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023 mas a situação agravou-se nos últimos dez dias.

De acordo com a France Presse, desde o início das hostilidades, os ataques israelitas provocaram a morte a duas mil pessoas e 1,2 milhões de refugiados e deslocados internos.

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