Chanceler alemão diz que UE devia fazer reformas antes de aceitar novos membros

Esta quarta-feira, na véspera da reunião do Conselho Europeu em que será discutida a admissão de novos países-candidatos, Olaf Scholz disse ao parlamento alemão que a União Europeia (UE) devia transformar o seu sistema de votação em determinadas áreas para evitar que um só país possa impedir a vontade dos restantes 26.

O líder alemão sugere que as decisões do Conselho Europeu, que reúne os Chefes de Estado e de Governo de todos os Estados-Membros, bem como os representantes da Comissão e do Parlamento Europeus, diz que, por exemplos, em assuntos de Política Externa da UE as decisões deveriam ser aprovadas por maioria qualificada, ao invés de por unanimidade. Esta será uma alusão às recentes tentativas da Hungria para bloquear a aplicação de mais sanções à Rússia, usando o seu poder de veto para conseguir concessões dos restantes 26 países.

Ao Bundestag, o Chanceler sublinhou que a UE precisa de garantir que “é capaz de admitir novos membros”, cita o ‘Politico’. No entanto, Scholz assegura que “farei todos os esforços no Conselho Europeu para garantir que toda a UE dê um ‘sim’ unânime” à atribuição do estatuto de país-candidato à Ucrânia e à Moldova, na reunião do órgão que decorrerá entre amanhã e sexta-feira.

O líder do governo alemão disse ainda que seria preciso um “Plano Marshall” para reerguer a Ucrânia depois do fim da guerra e afiançou que a Alemanha iria liderar os esforços para a criação de uma “conferência internacional de alto-nível” para coordenar a reconstrução.

E confessou que a Ucrânia e Rússia estão ainda “muito, muito longe” de encetarem quaisquer negociações de paz, afirmando que “Putin ainda acredita na possibilidade de uma paz ditatorial”.






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