Catalunha declara estado de emergência devido a seca: 5,9 milhões de habitantes vão sofrer restrições no consumo de água

A Generalitat declarou, esta quinta-feira, a situação de emergência devido à seca em Barcelona e a sua área metropolitana – assim como em Girona e arredores -, dada a situação catastrófica nos reservatórios que abastecem estas áreas: no total, são afetados 202 municípios que estavam em pré-emergência, num total de 5,9 milhões de habitantes.

Recorde-se que a Catalunha está a atravessar a pior seca desde que há registos – há mais de um século (1916) -, há pelo menos 40 meses. A região junta-se assim aos 37 municípios de Girona e Tarragona, onde já estava em vigor o estado de emergência.

O anúncio foi feito pelo presidente Pere Aragonès e pelo ministro da Ação Climática, David Mascort, em conferência de imprensa após uma reunião extraordinária da Comissão Interdepartamental da Seca, que decidiu declarar uma emergência no sistema Ter-Llobregat, após a falta de chuva ter feito baixar as reservas desses reservatórios para valores abaixo dos 100 hectómetros cúbicos – estão hoje a 15,8% da capacidade máxima.

“É a pior seca alguma vez registada”, garantiu Aragonès, que apelou aos cidadãos para lutarem juntos contra a seca como aconteceu com a pandemia da Covid-19: “A crise climática está a testar-nos como na pandemia”, acrescentou.

Assim, a fase emergencial 1 limita o consumo a 200 litros por habitante por dia. É proibida a irrigação de árvores e jardins botânicos, exceto para sobrevivência. Estão limitados o enchimentos de piscinas e a utilização de chuveiros em ginásios e centros desportivos, sendo proibida a utilização de chuveiros e lava-pés nas praias.

Além das medidas relativas ao consumo humano, a agricultura restringirá em 80% o uso de água para irrigação; pecuária, 50%; e a indústria, 25%. Também não podem ser iniciados novos projetos que exijam uma utilização intensiva de recursos hídricos, tais como explorações agrícolas, planos urbanos ou turísticos.

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