Carlos Tavares, CEO da Stellantis, diz que “a oferta de semicondutores continua muito fraca”

A Stellantis, dona de marcas como Alpha Romeo, Citröen, Fiat e Opel, não espera que a oferta de semicondutores volte a recuperar este ano, atirando para 2023 qualquer sinal de melhoria.

Em declarações à ‘Reuters’, o CEO da fabricante de automóveis, o português Carlos Tavares, afirmou que “A oferta de semicondutores continua muito fraca, e a situação é muito semelhante à de 2021”. De recordar que, no ano passado, os fluxos de fornecimento de chips sofreram duras quebras devido à pandemia de Covid-19, o que teve fortes impactos na indústria automóvel, significativamente dependente destes produtos para suportar várias funções eletrónicas dos veículos, como sensores de proximidade, movimento dos assentos e espelhos, entre outras.

Em novembro de 2021, a JPMorgan, citada pela ‘CNBC’, previa que a crise dos semicondutores se iria prolongar até 2022. A previsão acabou por se concretizar, embora agora adquira novos contornos nocivos, fruto do conflito na Europa, e das perturbações lançadas por todos os mercados globais, uma conjuntura que não havia sido prevista e que pode asfixiar ainda mais a oferta de semicondutores.

O responsável da fabricante explicou que existem hoje menos fabricantes de semicondutores afetados pelas perturbações sentidas nas cadeias de fornecimento, pelo que o impacto sentido pela empresa é menor. “De momento, a Stellantis é afetada negativamente por um número baixo de fornecedores de chips, no máximo três ou quatro”.

Contudo, Carlos Tavares sublinhou que os impactos da guerra na Ucrânia nas receitas da empresa tem sido “muito, muito marginal”, e acrescentou que os efeitos do conflito têm sido sentidos em todo o setor automóvel.

Com unidades de produção na Polónia, a Stellantis assegurou que não tem sido afetada pelo corte de gás da Rússia, anunciado esta semana pelo Kremlin.

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