“Bullying é para fracos”: PSP deixa conselhos sobre como lidar com vítimas e agressores

A Polícia de Segurança Pública (PSP) inicia esta segunda-feira a operação “Bullying é para fracos”, em todo o território nacional. Esta operação, que decorre até dia 25 de outubro, abrange os estabelecimentos de ensino do 1º ao 3º ciclo, assim como do ensino secundário, envolvendo crianças e jovens dos 6 aos 18 anos.

Durante o período da operação, a PSP, para além de levar a cabo ações de sensibilização sobre a temática do bullying e cyberbullying junto da comunidade escolar – direcionadas para alunos, pais/encarregados de educação, professores e auxiliares – irá também promover uma campanha de sensibilização nas redes sociais, com partilha de conteúdos que incidirão, essencialmente, na prevenção deste fenómeno e na forma como as pessoas podem auxiliar as vítimas deste tipo de crime e o próprio agressor.

No dia 20 de outubro assinala-se o Dia Mundial de Combate ao Bullying, mas a luta contra este fenómeno não se cinge a uma data isolada nem a um grupo restrito de pessoas, tratando-se sim de uma luta diária e constante, cuja responsabilidade cabe a toda a comunidade.

Bullying é um anglicanismo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por uma ou mais pessoas no contexto de uma relação desigual de poder, causando dor e angústia na(s) vítima(s). Muitas crianças e jovens têm de lidar diariamente com este problema suscetível de interferir, de forma negativa e com grande impacto, no seu crescimento físico, emocional e psicológico.

Num mundo cada vez mais digital, associado ao crescente recurso às novas tecnologias numa fase tendencialmente mais precoce da vida das crianças e jovens, o bullying tem assumido novos contornos, nomeadamente no domínio das redes sociais, onde se extingue a vertente física da provocação, ameaça, intimidação e agressão, passando a dar origem à vertente virtual, através do cyberbullying.

Este tipo de vitimização poderá ocorrer durante bastante tempo até ser notado e/ou denunciado, uma vez que é passível de ocorrer de forma dissimulada ou de ser desvalorizado. Tendo em conta que contribui de forma significativa para a degradação do sentimento de segurança, especialmente no seio da comunidade escolar, este fenómeno merece especial atenção por parte da PSP, razão pela qual constitui uma das nossas prioridades no âmbito da prevenção criminal.

Esta operação tem por objetivos:

– Aumentar o conhecimento sobre este fenómeno, capacitando a deteção precoce de situações desta índole;
– Fazer crescer o sentimento de intolerância e de rejeição para com as práticas de bullying;
Fomentar a confiança nas capacidades da PSP, e dos demais parceiros neste contexto, para intervir e lidar eficazmente com o problema;
– Alavancar a atenção dos pais, educadores e outras testemunhas, aumentando a confiança na denúncia aos polícias da Escola Segura como forma de desencadear a resolução desta problemática.

A PSP, nas redes sociais, já deixou conselhos sobre como lidar com o problema.

Indícios a que deve estar atento para saber reconhecer uma vítima de bullying (podem ser físicos ou comportamentais):

– Entre os físicos estão cortes, hematomas e sintomas de ansiedade, como dores de cabeça ou barriga.
– Já os comportamentais podem ir desde o isolamento e desinteresse pelos amigos e escola à alteração repentina de hábitos, mudança de trajetos e desaparecimento ou dano de bens.

O que fazer se estiver perante uma vítima?

– Se estiver perante uma vítima deve “escutar a criança sem desvalorizar o assunto”
– Manter a calma sem provocar “revolta, receio ou culpa”
– Falar com os funcionários da escola e professores
– Falar com a PSP, nomeadamente a equipa Escola Segura, para saber se têm conhecimento do caso e adotarem estratégias em conjunto

O que fazer se estiver perante um agressor?

– Escutá-lo sem fazer “juízos prévios” e perceber as razões e a avaliação que faz dos próprios comportamentos.
– Não se deve esquecer de que “a criança agressora precisa de ajuda” e que esta é mesmo “a melhor forma de proteger a vítima”.
– Deve procurar “intervenção especializada para a gestão deste comportamento”, de preferência “em coordenação com o gabinete de psicologia do agrupamento escolar”.

A PSP relembra também que os polícias das Equipas do Programa Escola Segura (EPES) estão “sempre disponíveis para receberem denúncias”, aconselharem e apoiarem as vítimas e famílias.

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