Bitcoin dispara acima dos 29 mil dólares mas foi “sol de pouca dura”. O que explica este fenómeno?
Esta madrugada, a Bitcoin atingiu novos máximos de nove meses, tendo superado a barreira dos 29 mil dólares. No entanto, o valor da criptomoeda mais popular do mercado baixou novamente para o patamar dos 28 mil.
À 3h40 desta quinta-feira, a Bitcoin atingiu os 29.136 dólares, de acordo com os dados do Coinmarketcap consultados pela Executive Digest. A partir daí, em pouco mais de 30 minutos, a criptomoeda caiu a pique no gráfico, estando às 4h15 nos 28.371 dólares, voltando novamente ao ponto de partida.
O que aconteceu à criptomoeda mais popular do mercado é considerao um “fakeout” ou falsificação. Ou seja, uma situação em que um trader está à espera de um movimento de preço que acaba por não acontecer. Na maioria dos casos, um fakeout é usado para se referir a uma situação em que o preço vai na direção oposta à ideia ou sinal de negociação.
O popular trader Credible Crypto escreveu no Twitter que “nada mudou – sim, tivemos um bom estouro acima dos máximos, mas isso era esperado”, chamando a este movimento de “desvio”.
Keep it clean, keep it actionable. Remove the squigglies/arrows and that's how my chart will look until I take my next trade. Full focus on the NEXT opportunity.
Same idea as in the quote tweet.. just providing you guys with an even more simplified view. https://t.co/uEfPzsvQEK pic.twitter.com/Gl2P5RMLEp
— Crypto Chase (@Crypto_Chase) March 30, 2023
Os últimos dois anos têm sido de extremos para a Bitcoin. Depois de ter atingido em novembro de 2021 o valor mais alto registado, alcançando os 69 mil dólares, a criptomoeda caiu 77% e mergulhou num gélido inverno cripto no final de 2022. Mas agora recuperou, porquê?
Depois do crash a meio do ano passado que levou, num espaço de meses, a Bitcoin de uma avaliação recorde para uma queda com estrondo, a falência da plataforma de criptomoedas FTX levou o cripto token mais relevante do mercado a registar aquele que já é considerado o quinto maior colapso de todos os tempos e o principal desde 1970, segundo o Bank of America (BofA).
De acordo com os dados recolhidos pelo BofA, a queda da Bitcoin está localizada no quinto lugar histórico de maiores desastres financeiros, acima da “Segunda-feira Negra” de 1987, do crash imobiliário no Japão na década de 1980 ou a quebra do mercado de ações na Arábia Saudita em 2006.
Este acontecimento foi um lembrete da vulnerabilidade e volatilidade da Bitcoin a choques externos.
No entanto, 2023 veio trazer um novo fôlego à criptomoeda. A Bitcoin registou ganhos de mais de 70% desde o início do ano, superando outros grandes ativos e na passada quarta-feira esta a negociar perto do seu nível mais alto em nove meses.