Bitcoin com o valor mais baixo desde 2021, arrastada pela inflação e volatilidade do mercado
A maior criptomoeda do mundo está, esta segunda-feira, dia 9 de maio, na fasquia dos 33.500 dólares (cerca de 31.860 euros), uma quebra significativa no valor, que no dia 5 esteve acima dos 39.000 dólares (cerca de 37.090 euros).
Os analistas apontam que as quebras no valor da Bitcoin, que atingiu um máximo em novembro de 2021 quando tocou a barreira dos 67.000 dólares (cerca de 60.000 euros), se devem em grande medida a condições económicas mais duras, com o aumento da taxa de inflação e com o potencial de recessão associado, que afasta os investidores de ativos que estejam expostos a grande volatilidade, como é o caso das criptomoedas.
Análise da corretora XTB aponta que “o mercado das criptomoedas tem experienciado grande volatilidade nos últimos dias, e o sell-off despoletou preocupações sobre o risco de recessão e crescente inflação”, acrescentando que “estes fatores fizeram os índices de ações caírem uma vez mais, arrastando com eles o mercado das criptomoedas”.
De acordo com a XTB, alguns analistas acreditam que os mercados de critptomoedas poderão vir a recuperar a tendência de alta, mesmo num quadro de aumento da inflação, embora as quedas recentes apontem na direção contrária, sendo que também outras moedas digitais têm sofrido quebras semelhantes.
A Ethereum, a segunda maior criptomoeda, está atualmente a ser negociada nos 2.435 dólares (cerca de 2.320 euros), face aos mais de 2.650 dólares (ou 2.520 euros) do passado dia 7 de maio.
Citado pela ‘Bloomberg’, Edul Patel, CEO da plataforma de investimento em criptoativos Mudrex, explica que “a tendência decrescente deverá continuar nos próximos dias”.