BCE em Sintra: “Investidores estarão muito atentos para identificarem indícios de futuras decisões sobre as taxas de juro”, diz Diretor-Geral da Ebury

A semana passada foi marcada por dificuldades nos ativos de risco, com o sentimento económico global a piorar, devido à negativa surpresa dos resultados dos índices PMI da atividade empresarial, em especial na Zona Euro, aumentando os receios de recessão.

Neste cenário, o dólar beneficia geralmente da incerteza e da fuga ao risco, tendo tido na semana passada um desempenho superior ao de todas as principais moedas, com exceção do dólar canadiano.

Por outro lado, o pior desempenho foi, mais uma vez, a lira turca, uma vez que os mercados reagiram negativamente à pequena subida das taxas, enviando a moeda para mais um recorde de baixa.

Esta semana, há dois eventos em destaque, os discursos da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, e do presidente da Reserva Federal, Joseph Powell.

“Os investidores estarão muito atentos por forma a identificarem indícios de futuras decisões sobre as taxas de juro. O relatório da inflação na zona euro para o mês de junho encerrará a semana e, como habitualmente, estaremos muito atentos à inflação subjacente”, considera David-Brito, Diretor-Geral da Ebury, em declarações à Executive Digest.

No que respeita à Zona Euro, as más notícias dos números da atividade empresarial do PMI na semana passada puseram fim à recuperação do euro.

“O BCE está agora entre a espada e a parede, enfrentando a estagflação. Apesar do abrandamento económico, espera-se que o número da inflação de base para junho, divulgado esta sexta-feira, recupere e se mantenha bastante acima dos 5%”, sublinha a Ebury, que espera que o BCE cumpra a sua promessa e dê prioridade ao combate à inflação.

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