BCE aconselha bancos a “apertar o cinto”. Guerra na Ucrânia e aumento das taxas de juro tornam mercados instáveis

O regulador europeu sugere que as entidades bancárias da Zona Euro devem rever as previsões para os próximos tempos, alertando para o facto de o capital disponível poder ser inferior ao esperado no início do ano.

Andrea Enria, líder do conselho de supervisão do Banco Central Europeu, alertou, de acordo com a ‘Reuters’, destaca que a economia está fragilizada devido à guerra na Ucrânia e que os mercados têm registado significativa volatilidade devido aos aumentos das taxas de juro.

Depois dos prejuízos sofridos durante a pandemia, em que os bancos se viram obrigados a reduzir os dividendos atribuídos, o conflito no Leste da Europa veio tornar o futuro ainda mais incerto e tornar mais pessimistas as previsões para o ano de 2022.

“Pedimos aos bancos para reavaliarem as suas projeções e trajetórias de capital, à luz da noa conjuntura macroeconómica, tendo em consideração os piores cenários”, explicou Enria.

Na semana passada, o BCE confirmou que planeia aplicar aumentos às taxas de juro na Zona Euro, e o primeiro aumento deverá ser de 25 pontos-base e acontecer já em julho, espera-se outro aumento em setembro. Não está, contudo, afastada a possibilidade de serem feitos outros aumentos ao longo do ano, embora, para já, estejam somente estes dois nos planos do regulador europeu.






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