Apoios: “Não há nenhum corte das pensões” e “haverá certamente aumento em 2024”, garante ministro das Finanças
O ministro das Finanças assegurou esta quinta-feira, em Bruxelas, que “não há nenhum corte das pensões”, reagindo às críticas de vários partidos que têm acusado o Governo de estar a enganar os portuguesas, especialmente os pensionistas.
“Não há [cortes] em 2022, quando as pensões foram aumentadas e que agora recebem um apoio extraordinário no valor de meia pensão que os pensionistas vão receber em outubro”, salienta Fernando Medina, que acrescenta que “as pensões vão ser aumentadas em 2023”.
No entanto, afirma que os aumentos no próximo ano devem ter em conta “os pagamentos aos atuais pensionistas, mas também aos futuros pensionistas”, e que “temos de agir sempre na defesa da sustentabilidade da Segurança Social”.
Medina critica que “há aqueles para quem a sustentabilidade da Segurança Social não importa, mas isso são aqueles que não acreditam no Estado Social, que acham que não deve haver sistema público de pensões, que as pessoas devem colocar as suas pensões na Bolsa”.
E reitera: “Tivemos aumentos em 2022, vamos ter aumentos em 2023, o maior que tivemos desde há muitos anos a esta parte, e haverá certamente aumento das pensões em 2024”.
Contudo, “o valor relativamente a 2024, será visto ao longo do ano de 2023”.
De recordar que o Governo, esta semana, anunciou um pacote de medidas de apoio às famílias, que inclui o pagamento extraordinário de meia pensão “para todos os pensionistas com atualização de pensões”, e que será pago, uma só vez, no próximo mês de outubro.
A proposta gerou várias críticas por parte dos partidos políticos, com o líder do PSD, Luís Montenegro a salientar que a medida é “um logro” e que o Governo de António Costa está a enganar os reformados portugueses e a “fazer um corte de pensões de mil milhões de euros no sistema de pensões em Portugal”.
O social-democrata argumenta ainda que “esses mil milhões de euros que o executivo se propõe pagar agora, vão deixar de estar no sistema de pensões a partir de 2023 com consequências para todos os anos subsequentes”. Dessa forma, pedirá que o decreto-lei do Governo seja apreciado no Parlamento, para que sejam esclarecidas todas as dúvidas.