“Ano de 2022 será de má memória para os investidores”, diz Chief Investment Officer do Banco Carregosa
O Banco Carregosa divulgou esta segunda-feira o “Outlook Outono 2022” com as perspetivas para o próximo trimestre, começando por dizer que tanto a inflação como a subida das taxas de juro prejudicaram o valor dos ativos financeiros.
“A economia global enfrenta desafios pelo que as componentes mais cíclicas podem passar por uma fase de volatilidade antes de uma recuperação mais sustentada, que deverá recompensar, no médio prazo, os investidores mais audazes”, começa por explicar Mário Carvalho Fernandes, Chief Investment Officer do banco.
Tendo em conta que estamos próximos do final do ano, “depreende-se que o ano de 2022 será de má memória para os investidores. O mundo mudou e o valor dos ativos ajustou-se à nova realidade”, e Mário Carvalho Fernandes acrescenta que “a generalidade dos ativos financeiros perdeu valor nos 9 meses decorridos”, mais especificamente os “ativos com maior exposição aos riscos de taxa de juro, de crédito e de ciclo económico” que “apresentam perdas superiores”.
Sobre os ativos expostos a riscos acrescidos, “conferem atualmente prémios de risco superiores aos que vigoravam no início de 2022, embora se possa debater se já são suficientes para compensarem devidamente os investidores face ao contexto mais desafiante”.
Como se pode observar, os efeitos da inflação e das taxas de juro já se refletem no mercado financeiro e o Chief Investment Officer do Banco Carregosa refere que podem afetar a economia real já nos próximos meses, se se refletirem em menores rendimentos disponíveis das famílias e ambiente económico recessivo ou de baixo crescimento.
“Num ambiente que se espera desafiante procuraremos tirar partido das oportunidades de investimento com capital e rendimento garantido por emitentes de elevada qualidade creditícia em conjunto com a exposição seletiva aos mercados acionistas. A gestão continuará a ser feita com um rigoroso controlo do nível de risco das carteiras”, conclui.