Amazónia: Mais de 3000 incêndios na primeira quinzena de Agosto. Falta de resposta agravada pela pandemia

Nos primeiros 15 dias de Agosto deste ano foram comunicados cerca de 3.121 incêndios na Amazónia, no Brasil – quase cinco vezes mais do que no mesmo período do ano anterior. A pandemia, por sua vez, dificulta a resposta a problemas como a desflorestação crescente da Amazónia.

Ao ritmo actual, o número de incêndios pode aproximar-se de um valor histórico alguma vez detectado num só mês, desde que os registos começaram, em 1998, de acordo com dados da agência Reuters.

Há um ano, imagens de incêndios, especialmente no território amazónico, suscitaram uma resposta de vários países ocidentais e um confronto diplomático com o governo de Jair Bolsonaro.

Um ano depois, a situação é ainda mais grave. Agora, a capacidade de acção internacional está praticamente paralisada devido, em parte, à pandemia.

Os registos vêm mais uma vez da Agência Nacional de Investigação Espacial (Inpe) do Brasil, que fornece dados cientificamente comprovados a partir de observações de satélite do terreno amazónico.

O problema dos incêndios florestais, agora agravado pela pandemia, provocou respostas lideradas por grupos locais, tal como o corte de várias estradas pavimentadas que servem de acesso à região.

No entanto, o governo de Bolsonaro não respondeu a estes protestos. Facilitou antes a intervenção dos tribunais e da polícia a fim de expulsar os protestantes, indica o jornal ‘La Vanguardia’.

Há dez anos que a Amazónia não ardia tanto no mês de Agosto

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