Alterações climáticas: Países com as três maiores florestas tropicais do mundo formam aliança

Os países com as três maiores florestas tropicais do mundo – Brasil, República Democrática do Congo e Indonésia – lançaram formalmente, esta segunda-feira, uma parceia para cooperar na preservação de florestas, no culminar de uma década de negociações sobre uma aliança trilateral.

A rápida destruição das florestas tropicais, que devido à sua densa vegetação serve como depósito de carbono, tem libertado dióxido de carbono que aquece o planeta, colocando em risco as metas climáticas globais – o reflorestamento tem o benefício de remover os gases de efeito estufa já presentes na atmosfera.

Lula da Silva, eleito presidente do Brasil no final de outubro, iria procurar uma parceria com as duas outras nações líderes em florestas tropicais para pressionar o mundo rico a financiar a conservação florestal. Representantes dos três países, que combinados representam 52% da floresta tropical do mundo, assinaram a declaração conjunta nas negociações na Indonésia antes da cimeira do G20.

“A cooperação sul-sul – Brasil, Indonésia, RDC – é muito natural”, referiu a ministra do Meio Ambiente da República Democrática do Congo, Eve Bazaiba, antes da assinatura. “Temos os mesmos desafios, a mesma oportunidade de ser a solução para as mudanças climáticas.”

No acordo, a aliança apontou que os países deveriam ser pagos pela redução do desmatamento e pela manutenção das florestas como depósitos de carbono. Os países também vão trabalhar para negociar “um novo mecanismo de financiamento sustentável” para ajudar os países em desenvolvimento a preservar a sua biodiversidade.

“As florestas importam, a natureza importa. E acredito que sem a proteção da Amazónia não podemos ter segurança climática”, explicou Izabella Teixeira, conselheira ambiental de Lula da Silva.

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