Alterações climáticas: Em 2100, verão pode durar até seis meses no hemisfério Norte

O período do verão pode aumentar para meio ano até ao final deste século se não forem feitos esforços para mitigar as alterações climáticas, indica um novo estudo. Só nos últimos 60 anos, o verão aumentou, em média, 17 dias em todo o mundo.

“Os verões estão a ficar mais longos e quentes, enquanto os invernos são mais curtos e também mais quentes devido ao aquecimento global”, disse o autor principal do estudo, Yuping Guan, à CNN.

O prolongamento desta estação pode ter um impacto significativo – e negativo – na nossa saúde, no ambiente e na agricultura.

As ondas de calor podem crescer mais, as doenças transmitidas por mosquitos podem tornar-se mais generalizadas, a estação das alergias ao pólen pode tornar-se mais severa e a época de crescimento das culturas pode ser mais longa.

O estudo, chamado ‘Changing Lengths of the Four Seasons by Global Warming’, revela que o aumento das temperaturas a nível mundial estão a tornar o trimestre mais quente do ano, conhecido como verão, mais longo, e isto também está a afetar o início de todas as outras estações.

“As estações da primavera e do verão estão avançadas, enquanto as estações do outono e do inverno estão atrasadas”, diz a investigação.

A maioria das regiões do Hemisfério Norte já tem vindo a experimentar verões mais longos, mas na região mediterrânica o período está a crescer mais de oito dias a cada dez anos, desde a década de 1950. Ao longo de um período de tempo mais comprido isto torna-se mais significativo.

As temperaturas globais do mar e da terra continuam a aumentar em relação à média. As alterações climáticas, impulsionadas pelas emissões de gases com efeito de estufa, são o principal contribuinte para as temperaturas mais quentes.

Se nada for feito para mitigar as emissões e para abrandar os efeitos das alterações climáticas, então o verão poderá evoluir para durar meio ano até ao final deste século.

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