Accionistas da Lufthansa pronunciam-se hoje sobre acordo para ajuda estatal
Os accionistas da Lufthansa reúnem-se esta quinta-feira, em assembleia-geral, para debater o acordo para uma ajuda estatal de nove mil milhões de euros para resgatar o grupo aéreo, à beira da falência devido à crise do novo coronavírus.
Os termos do pacote de empréstimos e investimentos, como avançava recentemente a “Bloomberg”, exigem que a Lufthansa emita uma participação de 20% para o Governo ao preço nominal de 2,56 euros por acção, uma alteração que precisa ser aprovada na assembleia. Ou seja, o Estado alemão tornar-se-á accionista maioritário.
No entanto, o principal accionista da empresa, o bilionário Heinz-Hermann Thiele, já veio ameaçar boicotar o resgate na votação crucial. Caberá ao accionista, de 79 anos, decidir se apoia o acordo, uma vez que, apesar de o Governo alemão ter dito que não está disposto a alterar o pacote de apoio, o ministro da Economia, Peter Altmaier, disse que empresa será salva a qualquer custo.
No início do mês, a Lufthansa anunciou que estão em risco até 22 mil empregos em tempo integral na companhia aérea.
A Lufthansa deixou esta segunda-feira de estar cotada na bolsa de Frankfurt, por causa da desvalorização acentuada das suas acções. Só no primeiro trimestre de 2020, o grupo aéreo registou perdas líquidas de 2.100 milhões de euros.