ABB FIA Formula E World Championship: a outra viagem… na corrida

No sábado era a primeira vez que ia assistir aos treinos e depois à corrida. Percebi que a dinâmica dos treinos é totalmente diferente da F1, dado que nem todos os pilotos vão para pista, mas funciona por grupos com até se chegar a uma semifinal e final. Foi com surpresa que vi a equipa que nunca tinha pontuado no Campeonato ficar o primeiro lugar -MAHINDRA. Seria da pista? Do tipo de piso?

A Jaguar TCS Racing tentou dar-nos a experiência completa e foi possível ir novamente às boxes conhecer o ambiente antes da corrida mas também podermos estar no Lounge EMOTIONAL CLUB, onde no ambiente restrito se pode assistir de modo privilegiado à corrida e tomar ali as refeições. Como as minhas formações gravitam à volta do IT e também do marketing, esta absorção de informação era interessantíssima. Diria que a organização da Fórmula E está de parabéns,

A manhã passa rápido com toda esta dinâmica e novamente podemos ir ao grid ver os automóveis posicionados na grelha de partida e sentir as emoções mais de perto.

Tentei perceber pela história desta modalidade, mas também dos engenheiros de pista o quão importante é largar da primeira fila e, pelos vistos, não é muito relevante, como aliás pudemos constatar.

Foi o tempo justo para tirar algumas fotografias, ver ao vivo os pilotos e os mecânicos e azáfama dos últimos minutos. É tempo de voltar ao Emotional Club e assistir a partida.

Considerando onde estão posicionados os Jaguar diria que, na minha pouca experiência, as hipóteses de ganhar seriam reduzidas. Mas ao longo da corrida, mesmo considerando alguns incidentes que obrigaram a bandeiras amarelas e a entrada do Safety Car vi o nosso português Félix da Costa passar do meio da tabela para o primeiro lugar mas também vi durante muito tempo o domínio da equipe DS Penske! Os pilotos da Jaguar ocupavam um 5º e último lugar.

Verifica-se neste desporto que nada é efémero e as ultrapassagens são uma constante, em que nada está decidido até à bandeira de xadrez e, de facto, quem ganhou a corrida foi aquele que esteve em último lugar – o Jaguar de Nick Cassidy, seguido de um DS e depois de um Nissan.

Trata-se de um desporto diferente da F1 mas não deixa por isso de ser impactante, desafiante, inovador e empolgante. Ao longo destas temporadas tem vindo a ganhar adeptos e prova disso eram as bancadas totalmente cheias onde, tal como constatei, o software é um dos elementos mais impactantes, mas só por si não de nada vale pois tem sempre de existir o fator humano que ajuda a decidir toda uma estratégia tal como hoje deu para perceber, onde acredito que, tenha sido essencial toda a gestão das baterias devido aos vários incidentes na pista que obrigaram a redefinir a estratégia

Em termos de experiência proporcionada foi extremamente positiva pois pude ver todos os lados deste desporto; desde o contacto com os pilotos, mecânicos, engenheiros de pista, cientistas de dados, além de nos permitir estar sempre o mais próximo possível e sem restrições da equipa principal.

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