ABB FIA Formula E World Championship: a outra viagem antes da corrida

O convite da Jaguar TCS Racing era demasiado apelativo para não ser aceite – assistir a uma prova da marca – desta vez, em Berlim na pista do aeroporto de Tempelhof, um circuito que possui desafios como o piso extremamente abrasivo e agressivo para os pneus e num fim de semana quente onde a degradação será superior.

A minha preparação da viagem foi totalmente diferente!

Por norma nas minhas viagens pessoais ou nas que vou a apresentações internacionais um elemento da marca está connosco, viajamos na TAP Air Portugal! Nesta tudo é diferente e mesmo os colegas jornalistas sei que são de outros países!

Interessante como o inglês nos une a todos e se torna fundamental para qualquer geração! Nos dias que correm onde somos brindados com conflitos armados é bom ver no avião da Swiss também a simpatia mas sobretudo o rigor de cada tarefa! Eficazes e eficientes e a demonstração que culturas diferentes conseguem viver em harmonia.

Nestas viagens aprendemos a sair fora da caixa pois estamos sozinhos! E isso é bom!

Observo talvez por defeito profissional os detalhes da tripulação no avião e as instruções (gravadas e em português e inglês)! Um rigor muito interessante.

A viagem com duas legs começa tranquila de Lisboa até Zurique onde se aproveita para ler o kit de imprensa da Jaguar e do evento.

Neste misto de solidão e descoberta percebo, ainda mais, nos dias de hoje, o sentimento de emigrantes e alunos de Erasmus, pois seja qualquer que for o resultado final, o que verdadeiramente conta é a experiência do desafio, o ganho e a aprendizagem que fica connosco.

O voo tem particularidades que importa perceber! Muito silencio a bordo e a maior parte das instruções via TV! Interessante a oferta da água no início da viagem e do chocolate suíço no final da mesma!

Chegada antecipada a Zurique num aeroporto que parece uma grande sala de estar, similar, em minha opinião ao Centro Comercial Amoreiras: arejado, luminoso e relaxante.

Nova partida, desta vez rumo ao destino de hoje – Berlim!

Passar de um a321 neo para um Embraer demonstra a evolução da indústria da aviação!

Fica também bem patente que, tal como o setor automóvel teve de se adaptar, o mesmo terá que acontecer com o setor marítimo (maior poluidor) e com o setor da aviação! Seja por via da eletrificação seja pelos SAF!

Pela sua especificidade tem de ser encarado com precaução porque não será agradável ficar sem baterias a voar e as mesmas têm um peso considerável!
Uma das alternativas podia passar pelos SAF (combustíveis sustentáveis) mas o preço dos mesmos é ainda elevado, a capacidade de produção muito baixa face às necessidades e os ganhos obtidos não são assim tão relevantes!

O certo é que hoje o consumidor colocou este tema na ordem do dia e quer soluções!

Empresas como a TAP, Virgin, Lufhansa têm percorrido este trajeto e os Governos europeus e americano têm criado algumas soluções para levar adiante este desafio mas verifica-se que ainda “a procissão vai no adro”.

A noite termina no hotel junto ao circuito, mesmo a tempo de uma caminhada para desentorpecer e apreciar o rigor alemão e o silêncio das ruas onde o ruído automóvel é mínimo, muito até pelas motorizações utilizadas e sistema de combustão.

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