Abanca baixa lucros em 60,5% para 160 milhões de euros em 2020
O Abanca registou lucros de 160 milhões de euros em 2020, uma descida de 60,5% face aos 405 milhões de euros em 2019, registando 273 milhões de euros em provisões devido à pandemia, divulgou hoje o banco galego.
De acordo com um comunicado hoje enviado às redações, o Abanca refere que os resultados “refletem um crescimento robusto da margem financeira (11,9%) e das receitas por prestação de serviços (14%), que contribuem para um aumento de 12,4% da margem básica”.
“Pelo contrário, os gastos registaram um crescimento muito inferior, de 3,9%, graças à implementação de medidas de eficiência e às sinergias provenientes das integrações de negócios realizadas”, pode ler-se no comunicado do banco que comprou a operação do Deutsche Bank em Portugal em 2018.
Segundo o banco, os apoios relacionados com a covid-19 totalizaram 3.128 milhões de euros em financiamentos com o aval público, sendo que 1.754 milhões dizem respeito a pequenas e médias empresas e empresários em nome individual, e 1.374 milhões para grandes empresas.
O Abanca aplicou ainda “medidas de moratórias de crédito no montante de 1.257 milhões de euros, dos quais 802 milhões dizem respeito a hipotecas e 455 milhões a outras operações de financiamento”, segundo o comunicado do banco.
Na apresentação dos resultados, o presidente do banco, Juan Carlos Escotet, afirmou que 2020 “foi um ano especialmente complexo, muito difícil”.
O responsável afirmou ainda que não houve desenvolvimentos acerca da possível compra do EuroBic, da qual o Abanca desistiu durante o ano passado.
O banco registou um rácio de crédito malparado de 2%, para o qual contribuiu uma venda de carteira de crédito no valor de 250 milhões de euros, e os ativos de cobrança duvidosa diminuíram 22%.
“O volume de negócios aumentou 7,5% graças ao crescimento equilibrado do crédito (6,6% face ao período homólogo) e dos recursos (8,5%) para os 91.480 milhões de euros”, de acordo com o banco.
“A carteira de crédito em situação normal, centrada no financiamento a empresas e famílias, cresceu 6,6%”, com os recursos de clientes a alcançar “52.380 milhões de euros, depois de terem registado um crescimento de 8,5% no ano”.
Os depósitos “principal componente da estrutura de financiamento do banco, cresceram 11,3% e alcançaram os 42.541 milhões de euros”, refere o Abanca.