A Turquia está a bombardear os Curdos. Sabe porquê?

As forças militares turcas estão a atacar os Curdos, levando dezenas de milhares de pessoas a deixarem as suas casas na região Nordeste da Síria. Mas, afinal, o que justifica esta decisão por parte do presidente Recep Tayyip Erdogan?

Primeiro que tudo, é preciso perceber quem são os Curdos. Num vídeo em que explica em traços gerais o conflito, a BBC sublinha que se trata de um povo com cerca de 30 milhões de pessoas espalhadas pelo Médio Oriente – Irão, Iraque, Síria e Turquia são algumas das geografias onde estão presentes. Ambicionam a independência e a fundação do seu próprio estado.

Na Síria, têm sido as forças curdas a lutar contra o auto-proclamado Estado Islâmico, assumindo o papel de aliados dos Estados Unidos da América. Porém, agora, a administração de Donald Trump afirma não estar disponível para apoiar os Curdos e defende-los das bombas turcas. Sentem-se traídos, indica o repórter da BBC.

O problema está na forma como os Curdos são vistos pela Turquia: o governo turco encara os Curdos como terroristas e quer eliminar a sua presença da Síria. Recep Tayyip Erdogan acredita que esta é a solução para que os milhões de refugiados sírios na Turquia possam regressar a casa. O presidente considera também que este é o caminho para assegurar que os Curdos não conseguem atingir o seu objectivo de independência.

Com a retirada das tropas norte-americanas, os turcos sentem-se livres para bombardear a Síria, sendo que o objectivo é empurrar os militares Curdos em cerca de 30 quilómetros. Até ao momento, regista-se já a morte de mais de uma centena de pessoas.

Quais são as potenciais consequências deste conflito? O clima de tensão poderá ser terreno fértil para o ISIS voltar a atacar, especialmente tendo em conta que as forças curdas estão a redireccionar os seus recursos para a Turquia.

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