À procura de um ‘ninho’ durante a pandemia? 5 dicas que podem fazer a diferença

Em tempos de pandemia, para quem pretende comprar ou vender um imóvel, há pelo menos dois aspectos a ter em consideração: “fazer o melhor negócio financeiro possível com a maior segurança higiénica” e “manter os mesmos critérios que o potencial comprador teria com ou sem a pandemia”.

São as recomendações do especialista em mediação imobiliária Hugo Silva, que dá cinco dicas para encontrar casa que podem ajudar “a diminuir riscos e levar o comprador a encontrar a ‘habitação perfeita’ no momento que atravessamos”.

Cada vez mais nos tempos que correm, a casa torna-se uma habitação temporária, descartando a ideia de que uma casa é uma habitação para toda a vida. Por isso, Hugo Silva explica que é preciso ter a certeza de que a habitação que se pretende adquirir é a mais adequada, tendo em conta uma série de critérios socioeconómicos.

Dica 1: Profissional imobiliário

Para o especialista, a primeira coisa a fazer quando se procura casa é “encontrar um comercial da área que possa ser ‘o par perfeito’ para ajudar na compra”. Escolher um profissional imobiliário porque é familiar ou tem um grau de amizade, normalmente, não é uma boa decisão.

Como avaliar então um agente imobiliário? Números apresentados e algumas pesquisas rápidas em redes sociais permitem identificar resultados. Outro factor importante a ter em conta é a experiência do consultor – “num mercado exigente, quem tem mais experiência, por norma, está mais preparado”.

Assim, dinâmica, estrutura empresarial, velocidade de resposta a questões fazem parte dos indicadores que podem fazer diferença ao procurar um profissional imobiliário.

Dica 2: Definição de prioridades

Em segundo lugar, é necessário definir bem as necessidades que os compradores querem ver respondidas. Num momento em que existem tantas restrições, é crucial “ter certezas: saber e entender o que se quer e definir as prioridades para o momento”.

Na maioria das vezes, as principais prioridades e necessidades são o local de trabalho, o local da escola dos filhos, a proximidade a transportes públicos e a proximidade a acessos, no geral, e ainda a poximidade com a família.

Nesta fase, é também importante definir quais destas premissas são, de facto, as mais prioritárias.

Dica 3: Definição de localização/ preço

É fundamental saber o orçamento que se tem disponível para a compra da habitação, porque a procura de um imóvel a um valor muito elevado vai criar falsas expectativas – assim como a procura demasiado barato pode criar desilusões.

Antes de começar a ver imóveis é preciso perceber quais as condições financeiras e analisar a viabilidade de compra. “Quanto posso pagar por um imóvel? Vai ser pronto pagamento ou vai ser financiamento?” são perguntas que devem ser colocadas, de acordo com o especialista.

Este ponto é mais um motivo pelo qual a escolha de um consultor imobiliário faz diferença: um profissional que tem um parceiro na intermediação de crédito vai dar mais opções de financiamento do que um consultor que abandona essa tarefa difícil.

Dica 4: Agendamento de visitas

“Com um consultor imobiliário de confiança, necessidades definidas e valor disponível para a compra de um imóvel, chegou a hora do agendamento de visitas”. Neste momento, face à pandemia, o que se deve ter então em consideração para fazer uma boa escolha?

De acordo com Hugo Silva, se for um apartamento é preciso atender ao estado de conservação do prédio, limpeza interior do prédio, estado de conservação do telhado e área do apartamento em função das necessidades – um dos aspectos mais importantes.

Em relação a este último ponto, a escolha prende-se, por exemplo, com a quantidade de tempo que se vai passar na habitação, a quantidade de mobília que se vai colocar, entre outros. Ainda assim, o perito ressalva que a casa perfeita é aquela que no momento preenche mais as necessidades dos compradores.

Dica 5: Visitas

A quinta e última dica destina-se a todas as pessoas que pretendem visitar muitos imóveis, em várias localizações, para poderem tomar a melhor decisão – o que, para Hugo Silva, não é a opção mais correcta neste momento, tendo em conta o risco de contágio do coronavírus.

Quantas casas devem então ser visitadas? “A resposta é: mínimo 3, máximo 5, e porquê? Se as prioridades estão bem definidas, se o consultor imobiliário for profissional e tiver percebido exactamente aquilo que procura, se tiver orçamento máximo definido e se a localização estiver perfeitamente de acordo com as necessidades” então não haverá necessidade de visitar mais casas. Se isso acontecer é porque alguma coisa está a falhar, explica o especialista.

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