97% dos portugueses considera importante equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Segundo dados do estudo Workmonitor da Randstad, 97% dos portugueses considera importante o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, sendo que dessa percentagem, 62% afirma mesmo que o lado pessoal é mais importante que o profissional.

O estudo, que mostra como o mercado de trabalho mudou no último ano, também refere a flexibilidade como um fator importante para os inquiridos: 88% prefere um regime horário flexível e 79% prefere um regime flexível relativamente ao local de trabalho.

No que toca às contratações, 38% dos portugueses inquiridos disse que foi aumentado no último ano, um esforço das empresas para reter talento, mas 51% não quer aceitar um emprego numa empresa que não se esforce por melhorar a diversidade e equidade.

“As empresas precisam de se adaptar a esta nova realidade do mercado de trabalho, em que se nota uma mudança geracional – principalmente dos Millennials e Geração Z – na perceção da dinâmica colaborador-empresa”, afirma José Miguel Leonardo, CEO da Randstad Portugal, acrescentado que “as gerações mais jovens estão dispostas a afastar-se dos seus empregos atuais para defender as suas crenças pessoais e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional”.

Em termos globais, os resultados do estudo revelam que os empregadores estão sob pressão, pois 70% dos trabalhadores dizem estar abertos a novas oportunidades de emprego e mais de metade da geração Z e dos Millennials dizem estar dispostos a deixar o atual emprego se os estivesse a impedir de aproveitar a vida, sendo as gerações que mais priorizam a sua felicidade.

O estudo mostrou ainda que quase metade dos inquiridos, 49%, afirmam que, se perderem o emprego, rapidamente encontrarão um novo, demonstrando assim confiança e conforto relativamente ao atual mercado de trabalho.

Por fim, o Randstad Workmonitor 2022 mostra que apesar de os horários flexíveis e a flexibilidade relativamente ao local de trabalho serem fatores importantes, mais de metade dos trabalhadores globais, 53%, dizem não ter flexibilidade para trabalhar onde quiserem e 40% não tem controlo sobre o horário de trabalho, mostrando que os empregadores não estão a acompanhar a mudança do mercado.

“Os resultados deste estudo devem servir de alerta aos empregadores. As mentalidades mudaram e, hoje, a realização pessoal está no topo das prioridades dos trabalhadores que não têm receio de desistir de um emprego se este não corresponder às suas necessidades. Está na altura de as empresas repensarem a sua abordagem para atrair e reter talento”, destaca José Miguel Leonardo.

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