29 aviões chineses invadiram espaço aéreo de Taiwan, diz ministério da Defesa

É a terceira vez desde o início do ano que um grande número de aeronaves de Pequim voam sobre aquela ilha asiática sem aviso. O incidente acontece numa altura em que as tensões entre os Estados Unidos e a China, em lados opostos no que toca à independência de Taiwan, estão a aumentar.

O ministério da Defesa de Taiwan revelou que na terça-feira, dia 21 de junho, 29 aviões da República Popular da China entraram na Zona de Identificação de Defesa Aérea, um espaço definido pela própria administração da ilha, que não tem valor legal a luz do Direito Internacional.

Comunicado oficial das autoridades taiwanesas aponta que o grupo de aeronaves era composto por vários aviões militares, como jatos, aviões de monitorização eletrónica e de aparelhos anti-submarinos.

Taiwan fez levantar aviões de combate para afastar as aeronaves chinesa do espaço aéreo que a ilha identifica como sendo seu e que tem o direito de defender frente a atos que considere serem agressões à sua independência.

Diz a ‘CNN’ que, ainda em maio passado, 30 aviões chineses fizeram manobras semelhantes sobre Taiwan.

Também esta quarta-feira, Taiwan revelou que seis aviões chineses sobrevoarem, uma vez mais, o espaço aéreo do país.

A ilha não é considerada oficialmente pela comunidade internacional como sendo uma nação soberana, sendo considera uma “região autónoma” com um governo independente da China desde 1949. No entanto, é uma aspiração de longa data de Pequim voltar a “unificar” Taiwan com a China continente, através da força se for necessário, para concretizar a visão de “uma China”, como explica o ‘Council on Foreign Relations’.

Alguns observadores apontam mesmo que os Estados Unidos e a China poderão vir defrontar-se militarmente por causa de Taiwan, com o Washington a defender a soberania da ilha asiática e a sugerir que poderá ir em socorro desse país caso seja atacado ou invadido pelas forças de Pequim.

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