Fundação Vodafone quer que 20 milhões de mulheres do continente africano tenham acesso ao telemóvel até 2025
Estudos da associação GSMA revelam que a região da África Subsariana tem um dos maiores gaps de cobertura móvel por género, com as mulheres a apresentarem uma percentagem de 13% de menor probabilidade de ter um telemóvel do que os homens. O mesmo gap entre géneros pode ser observado na utilização da internet, com uma diferença de 37%.
Até o mais básico telemóvel permite às mulheres comunicar, aceder a informação, aprender, gerir as suas finanças ou as da família, constituir um negócio até pedir ajuda em caso de emergência. Por estas razões, a Fundação Vodafone global assume o compromisso de incluir no mercado mobile mais 20 milhões de mulheres residentes em África (incluindo o Egito) e Turquia até 2025.
As mulheres e o mobile
As tecnologias de comunicação desempenham um papel fundamental na melhoria das condições de vida destas mulheres. Do mesmo modo, estas tecnologias podem dar um novo fôlego a serviços públicos e comerciais com valor para as mulheres em mercados emergentes, desde o acesso a vacinas e cuidados maternos ao banking online e suporte a pequenos agricultores.
Resolver o gap de género no acesso e utilização do mobile em 2023 poderá ainda proporcionar receitas adicionais de 140 mil milhões de dólares à indústria mobile por cinco anos.
A ambição da Fundação Vodafone é alargar os benefícios do mobile a um grande número de mulheres de todos os níveis sociais, através de programas comerciais direcionados. A Fundação acredita que as suas ações ao longo dos anos seguintes farão uma diferença material para as mulheres, mas também para as suas famílias, comunidades e economias nacionais nos países onde a Vodafone opera. Esta diferença pode traduzir-se em aspetos como:
1. Suporte à educação, skills e emprego
O acesso a tecnologias móveis potenciam o acesso a uma educação de qualidade, principalmente para pessoas que vivem em áreas remotas. A Fundação Vodafone tem vindo a ser pioneira no desenvolvimento de aprendizagem digital e tecnologias de remote learning para implementação entre algumas das comunidades mais vulneráveis e desfavorecidas do mundo, incluindo pessoas que vivem em campos de refugiados na África subsariana.
O programa Instant Network Schools, da Fundação Vodafone global, liga as salas de aula à internet através da inclusão nestas comunidades de eletricidade solar, tablets e conteúdos educativos. Este programa, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados já proporcionou educação digital a 83.500 estudantes refugiados.
2. Melhorar a saúde, o bem-estar e a segurança
Pelo menos metade da população mundial não tem acesso aos cuidados de saúde essenciais. Muitas destas pessoas vivem em países onde o acesso a serviços de prevenção e tratamento são limitados ou inexistentes. As comunidades rurais, nomeadamente as mulheres, são particularmente privadas destes serviços essenciais.
A Vodafone e a Fundação Vodafone estão empenhadas no desenvolvimento de uma gama de tecnologias para melhorar os cuidados primários e os serviços de prevenção nos mercados emergentes. Muitos destes programas são particularmente importantes para as mulheres e as crianças.
Outra questão essencial é a da segurança, uma das maiores barreiras sociais que se apresentam às mulheres no que diz respeito ao desenvolvimento do seu potencial. Em março de 2019, a Fundação Vodafone anunciou a expansão internacional da Bright Sky, uma app gratuita que oferece suporte e informação a qualquer pessoa que possa estar a ser vítima de violência numa relação, ou que tenha conhecimento de alguém nessa situação.
Desde que foi criada, esta app já foi descarregada mais do que 41.000 vezes no Reino Unido. Em 2021 a Fundação Vodafone global pretende levar este serviço a 12 países. No início da pandemia de Covid-19, a app teve um crescimento de 75% nos downloads e foi creditada pela UN Women como uma ferramenta chave para o suporte aos sobreviventes durante este tempo de mobilidade limitada.
3. Ajudar ao desenvolvimento económico
Mais de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo, na sua maioria mulheres, ainda não têm acesso a serviços bancários, e as mulheres têm menos acesso a serviços financeiros do que os homens em 40% dos países do mundo. Encontrar formas de expandir este acesso aos serviços financeiros trará grande benefícios sociais e oportunidades para a economia.
Em 2007, em parceria com a Safaricom, no Quénia, a Fundação Vodafone desenvolveu o primeiro serviço mobile de transferência de dinheiro o M-Pesa. Esta é uma solução segura, barata e conveniente, hoje disponível em oito mercados: República Democrata do Congo, Egito, Gana, Índia, Quénia, Lesoto, Moçambique e Tanzânia. O serviço permite aos clientes enviar, receber e depositar dinheiro de forma segura através de um simples telemóvel ou, mais recentemente, um smartphone.
Com o M-Pesa, as mulheres podem ter um maior controlo sobre as finanças familiares. No Quénia, por exemplo, estima-se que o acesso ao M-Pesa já tenha permitido a 185.000 mulheres mudar da agricultura de subsistência para negócios ou vendas como atividade de ocupação primária. Do mesmo modo, o M-Pesa já terá ajudado 194.000 famílias (2% das famílias quenianas) a sair da pobreza.