Vila Galé: um mercado de potencialidades

No primeiro trimestre de 2020 está previsto abrir o Vila Galé Paulista, um hotel mais corporativo, com 110 quartos, um restaurante Massa Fina, cafetaria e clube de saúde, além de piscina exterior, num investimento de cerca de 50 milhões de reais. E está também a ser desenvolvido um novo resort em Una, no litoral da Bahia, o Vila Galé Costa do Cacau, com um investimento previsto de 150 milhões de reais, terá perto de 500 quartos e também funcionará em all inclusive.

Duas unidades que assim se unem a uma oferta forte e diversificada no mercado brasileiro composta por resorts com serviço all inclusive e hotéis de cidade, localizados em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Cumbuco, Fortaleza, Guarajuba, Salvador, Cabo do Santo Agostinho, Touros e Ceará.

RELAÇÃO COM O BRASIL

«Com efeito, é um mercado estratégico e temos vindo a reforçar a aposta e o investimento no país porque continuamos a acreditar nas suas potencialidades», explica Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé, a importância do Brasil.

Em 2001, abriu o primeiro hotel, o Vila Galé Fortaleza, e desde então tem vindo a inaugurar unidades com regularidade. Por exemplo, em 2018 começou a funcionar o Vila Galé Touros, o maior resort do estado do Rio Grande do Norte, com mais de 500 quartos. E a abertura da nona e mais recente unidade do Grupo em território brasileiro ocorreu em Dezembro. O VG Sun Cumbuco by Vila Galé, no Ceará. «Trata-se de um empreendimento de apartamentos para estadias de maior duração, junto ao resort que já temos no Cumbuco», refere Gonçalo Rebelo de Almeida.

«Neste momento, estamos com mais dois projectos em desenvolvimento. Na nossa óptica, faz todo o sentido fortalecer a nossa posição no país, onde já temos um vasto know-how das questões logísticas, laborais, legislativas e conseguimos boas sinergias também com os hotéis em Portugal»,esclarece o administrador da Vila Galé.

É evidente que a situação actual do país representa um desafio e obriga o Grupo a procurar novas ofertas e produtos para cativar mais clientes e fidelizar os que já tem. Por isso, «a estratégia passa por manter os activos actualizados e com excelentes condições, lançar novas propostas gastronómicas – por exemplo, os nossos buffets de almoço português ou de feijoada à brasileira, ou até as pizzarias Massa Fina, que estreámos em Portugal e já levámos para o Brasil. Alargámos também o entretenimento para famílias e as propostas para empresas. Neste ponto é de referir o Vila Galé Touros, em Rio Grande do Norte, que está equipado com o maior centro de convenções da região, com capacidade para 1200 pessoas, permitindo-nos captar outros públicos. Adicionalmente, o Brasil é também um bom mercado para os vinhos e azeites Santa Vitória, que produzimos no Alentejo», específica Gonçalo Rebelo de Almeida.

Desde sempre que a marca Vila Galé foi muito bem recebida, como nos conta. Hoje, cerca de 90% dos clientes no Brasil são brasileiros e já conquistou uma grande notoriedade neste mercado. Isso reflecte-se, por exemplo, nas classificações e comentários que tem nas redes sociais e em plataformas como Booking, Tripadvisor, Hotels.com ou Google. «Continuamos a reforçar os pilares que têm definido a marca tanto em Portugal como no Brasil: boa relação qualidade-preço, oferta completa para famílias, pro- postas competitivas para o seg- mento corporate, all inclusive e diversidade de conceitos gas- tronómicos, formação contínua das equipas e atendimento acolhedor. Paralelamente, vamo-nos adaptando à evolução do mercado e dos canais de distribuição e de divulgação, acompanhando atentamente o desenvolvimento do transporte aéreo, a dinâmica dos operadores turísticos, as tendências de comunicação agora focadas nas redes sociais, nos patrocínios e no marketing digital», adianta ainda o administrador da Vila Galé.

O que distingue o Vila Galé, além do produto e da oferta que resulta das características referidas anteriormente, é o factor de ter sido o próprio a iniciar o conceito “all inclusive” no Brasil. Aliás recentemente, o Vila Galé Fortaleza estendeu o conceito para “all inclusive gourmet”, com uma oferta ainda mais alar- gada a nível de alimentação e bebidas e também de animação para crianças e adultos. «O mercado brasileiro tem assim um grande peso. Mas também recebemos hóspedes portugue- ses, argentinos, uruguaios, chilenos. A conjuntura que se vive no Brasil tem feito com que os brasileiros viajem menos para fora e optem por fazer mais turismo interno», conta ainda Gonçalo Rebelo de Almeida.

Uma operação que representa 40% do volume de negócios do grupo e emprega cerca de 2000 pessoas. Em 2017, as receitas foram de 265 milhões de reais, mais de 2% do que no ano anterior. «Em 2018, os resultados cresceram ainda mais. Relativamente às unidades no Brasil – três hotéis de cidade e cinco resorts, uma vez que o VG Sun só abriu em Dezembro pelo que não teve muito impacto nas contas do ano passado – somaram receitas de 318 milhões de reais, representando um aumento de 20% face aos 265 milhões de reais verificados em 2017. No total, contabilizaram-se 535 mil quartos ocupados, mais 8% do que em 2017. Só no ano passado, criámos cerca de 400 postos de trabalho no Brasil. Para 2020, o Vila Galé prevê um crescimento no mercado brasileiro entre os 5% a 6%», refere o administrador da Vila Galé.

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