KPMG: Parceria estratégica para transformar empresas
No cenário corporativo actual, a transformação digital é uma necessidade imperativa para empresas que querem continuar a ser competitivas no mercado. E esta transformação vai além da simples adopção de novas tecnologias, exige uma mudança profunda na forma como as organizações operam e entregam valor aos clientes.
E para acelerar esta jornada, uma das estratégias passa pelo estabelecimento de parcerias, como é o caso da KPMG e da SAP. O objectivo desta parceria é combinar a experiência da KPMG com as soluções tecnológicas da SAP. Especificamente, com esta parceria pretende-se acelerar a Transformação Digital das empresas e dos serviços públicos na adopção de soluções tecnológicas de uma forma mais rápida e eficaz.
Quem o explica é António Andrade, associate partner de Technology Consulting, e Rui Pereira da Silva, SAP Alliance lead, que acrescentam ainda que, com a utilização das ferramentas e plataformas da SAP nos projectos da KPMG, é possível melhorar a eficiência operacional, reduzir custos e aumentar a produtividade dos clientes com foco na inovação através da promoção de novos processos de gestão e, desta forma, explorar novas oportunidades de melhoria e crescimento.
Neste cenário, as parcerias estratégicas trazem uma série de benefícios que ajudam as organizações a enfrentar desafios, optimizar processos e alcançar os seus objectivos de transformação digital de forma mais eficiente e eficaz. «As parcerias proporcionam acesso a expertise, inovação, recursos, redução de riscos, escalabilidade, menos custos e permitem que as empresas e os serviços públicos se concentrem nas suas missões principais, com o objectivo de contribuir para uma transformação digital bem-sucedida», destacam.
DESAFIOS E SOLUÇÕES
A parceria entre a KPMG e a SAP pode ajudar as empresas e os serviços públicos, a superar os desafios de forma mais eficiente. «A nossa experiência de muitos projectos permite-nos ter soluções eficientes para os principais desafios. A resistência à mudança por parte dos colaboradores das empresas ou cidadãos na aceitação da transformação digital continua ainda hoje a ser um obstáculo», explicam.
O segundo desafio que destacam é a integração dos diversos sistemas nas organizações e, para este, a parceria com a SAP é muito útil porque aumentam a oferta de soluções intuitivas e a KPMG ajuda os clientes a definir as suas estratégias de integração.
Os especialistas referem ainda um terceiro desafio, o valor do investimento e o cálculo do seu retorno (ROI), e fruto desta parceria é possível desenvolver estratégias que ajudam a maximizar o ROI em conjunto com SAP, onde ambas as empresas são conhecidas por oferecer soluções com valor claro e provado.
«Estes foram os principais desafios, mas existem outros que também são importantes e que esta parceria pode ajudar a colmatar, como a escassez de talento – onde já estamos a contratar recursos e formar em soluções da SAP –, gestão da qualidade dos dados e segurança no acesso às informações, onde ambas as empresas são reconhecidas pela sua excelência nestas áreas e que esta parceira vem fomentar», esclarecem.
Assim, oferecem várias soluções para ajudar os clientes na gestão dos seus negócios, desde as áreas financeira, logística, produção, gestão do capital humano, gestão da relação com os clientes (CRM) ou as novas soluções de suporte aos processos de ESG e gestão de dados com inteligência artificial (IA), onde a KPMG tem experiência acumulada.
APOIAR EMPRESAS
Os especialistas da KPMG explicam que a empresa pretende ajudar as organizações a serem mais eficientes através de três vectores.
O primeiro, através de uma abordagem de transformação digital e de negócios da KPMG, denominada ”Powered Enterprise”, que é uma solução de transformação funcional e orientada para os resultados, e que visa uma mudança rápida e eficiente. Viabilizada pela SAP, baseia- se no profundo conhecimento sobre o panorama tecnológico e na sua experiência na gestão de implementações S/4HANA para empresas e serviços públicos. Esta solução adopta uma abordagem holística aos vários aspectos e consequências da transformação funcional para tornar as organizações mais resilientes e competitivas.
Como segundo vector, a transparência em ESG, através da combinação do conhecimento da KPMG com suporte em soluções da SAP, que permite que apoiem os clientes a integrar dados de sustentabilidade no centro das suas operações de negócio. Desta forma, as organizações podem responder mais facilmente aos requisitos ESG.
Como terceiro vector, através do aproveitamento das capacidades do SAP Business AI, a KPMG ajuda a integrar as áreas de gestão de dados e IA nos processos core dos clientes, ligando as várias áreas das organizações através da combinação da experiência da KPMG com conhecimentos profundos de IA e em tecnologias SAP.
E quais os principais sectores ou indústrias que serão foco da parceria entre a KPMG e a SAP? «Todos os sectores são importantes, mas os principais que serão foco da parceria são os sectores dos Serviços Financeiros, Sector Público, Telecomunicações, Media e Tecnologia, M&A, Energia e Recursos Naturais, Indústria, Automóvel, Saúde, independentemente da dimensão da organização ou geografia», esclarecem António Andrade e Rui Pereira da Silva.
PRÓXIMOS PASSOS
Os próximos passos e metas da parceria entre a KPMG e a SAP incluem uma série de iniciativas estratégicas, sublinham os especialistas, como por exemplo o desenvolvimento de soluções integradas que combinam a expertise da KPMG em consultoria com as plataformas tecnológicas avançadas da SAP; a identificação e documentação de casos de sucesso de implementações realizadas para demonstrar o valor e os benefícios concretos das soluções conjuntas com foco em áreas emergentes como Internet das Coisas (IoT), gestão dos dados, IA, Advanced Analytics e Machine Learning para fortalecer e expandir a colaboração, com o objectivo de oferecer ainda mais valor aos clientes nos seus projectos de transformação digital.
Olhando para o futuro, acreditam que a transformação digital tem um caminho promissor e que apresenta diversas oportunidades para as empresas e serviços públicos.
«Com a crescente adopção de tecnologias emergentes e o apoio de políticas públicas, Portugal está bem posicionado para continuar a avançar na transformação digital. As principais tendências em Portugal são idênticas a outros países, com a continuação da adopção das novas tecnologias emergentes como a IA, Advanced Analytics e Machine Learning, onde se espera uma expansão significativa para automatizar processos, melhorar a análise de dados e personalizar a experiência dos clientes e cidadãos.»
Para além disso, António Andrade e Rui Pereira da Silva destacam a continuação da digitalização de sectores tradicionais, como por exemplo a agricultura com a utilização de drones, sensores e análises de dados para aumentar a produtividade e a sustentabilidade, ou a saúde através do desenvolvimento da telemedicina, análise de dados para prevenção e tratamento de doenças.
Já na transformação digital no sector público, o Estado continuará a digitalizar serviços para oferecer uma experiência mais eficiente e acessível aos cidadãos. Acreditam que os investimentos em tecnologias para gestão urbana, mobilidade, segurança e sustentabilidade serão ampliados, criando umas verdadeiras smart cities e outras áreas como a formação e a educação digital serão cada vez mais integradas no sistema educacional, melhorando o acesso e a qualidade do ensino.
Para além disso, a criação de um ambiente para startups e inovação continuará a crescer, apoiado por incubadoras, aceleradoras e políticas governamentais favoráveis e vamos assistir a um maior investimento em investigação e desenvolvimento para impulsionar a inovação tecnológica e criar novos produtos e serviços.
No entanto, alertam, para que o futuro da transformação digital em Portugal seja uma realidade existem também desafios que têm que ser superados, como a expansão da infra-estrutura digital, especialmente em áreas rurais onde será crucial para garantir que todos tenham acesso às oportunidades da transformação digital, a segurança cibernética que se tornará ainda mais importante, exigindo investimentos contínuos em protecção de dados e privacidade e garantir que todas as camadas da sociedade, incluindo populações vulneráveis, tenham acesso às tecnologias digitais e saibam utilizá-las, sendo esta condição essencial para uma transformação digital inclusiva e, por fim, a desenvolver e implementar regulamentações que acompanhem a rápida evolução tecnológica, garantindo um equilíbrio entre inovação e protecção dos direitos dos cidadãos.
>> António Andrade, associate partner de Technology Consulting da KPMG
>> Rui Pereira da Silva, SAP Alliance lead da KMPG
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Transformação Digital”, publicado na edição de Agosto (n.º 221) da Executive Digest.