Fidelidade: Cultura de inovação

A Fidelidade, como líder de mercado e tendo a Inovação como drive de actuação, foi a primeira seguradora a entrar no ecossistema do empreendedorismo em Portugal na área de Insurtech e foi, de alguma forma, impulsionadora dos diferentes players deste ecossistema: incubadoras, aceleradoras, startups, mentores, núcleos de empreendedorismo das universidades, etc. «Acreditamos que os empreendedores são criadores de novas dinâmicas de trabalho e queremos aprender com quem pode fazer a diferença, descobrir novas ideias, novos métodos de trabalho e aplicá-los no desempenho da nossa actividade, gerando uma energia renovadora e por consequência uma maior produtividade para a Fidelidade», diz José Villa de Freitas, da Direção de Marketing à Executive Digest.
Abrir as portas aos empreendedores e à inovação para crescer tem sido assim uma das prioridades da Fidelidade, nomeadamente com a criação e desenvolvimento do Protechting. É preciso alargar horizontes, pensar como alguns projectos podem contribuir para o desenvolvimento da actividade, da eficiência, do negócio.
Com o Programa Protechting, em colaboração com a Fosun e a Luz Saúde, a empresa tem estado também presente na área de Healthtech e, para além do Protechting, tem identificado e colaborado com Startups nacionais e internacionais que, trabalhando em conjunto com as equipas internas da Fidelidade, têm contribuido para desenvolver ferramentas/ metodologias de trabalho novas e disruptivas, com o objectivo de melhorar a eficiência e produtividade.
«Tanto no âmbito do Protechting como no de actuação das áreas de Inovação da Fidelidade tem havido um foco no contacto com startups cada vez mais maduras ligadas à área de Insurtech através da implementação de pilotos que de alguma forma ajudam a acelerar a adopção de novas soluções tecnológicas na Fidelidade e a mitigar os riscos», acrescenta.
Actualmente, a Fidelidade está também a trabalhar na criação de new ventures que permitam reforçar a inovação no seio do Grupo e a posição como player chave no panorama nacional e internacional da inovação. Explorar áreas de novas oportunidades empresariais inovadoras e disruptivas nos ecossistemas estratégicos do Grupo, tais como saúde e bem-estar, longevidade, casa, mobilidade, entre outros é o grande objectivo e, actualmente, uma das start-ups vencedoras da última edição do programa Protechting já está a colaborar com a Fidelidade neste âmbito.

PROTECHTING
Este programa de aceleração para startups da Fosun e da Fidelidade, em parceria com a Beta-i, teve, desde o início, como propósito maior promover a aproximação e criação de relação com os jovens empreendedores, posicionando assim a Fidelidade neste ecossistema do empreendedorismo, onde nenhuma outra seguradora marcava ainda presença. Com a criação do Protechting pretendia-se fomentar a criação e desenvolvimento de ideias de negócios que poderiam vir a ser incorporadas nos negócios da Fosun e/ou Fidelidade ou serem entregues à sociedade como um produto inovador, contribuindo para uma estratégia de “Open Innovation”.
O Protecthing é assim um programa de Open Innovation composto por três fases principais: identificação, aceleração e implementação de pilotos com as Start-ups. A segunda e a terceira edições do Protechting introduziram a área de Fintech ao programa que já contava com as áreas da Saúde e Seguros, tendo estas edições revelado um âmbito mais internacional e com um cariz mais robusto, atraíndo startups com um maior nível de maturidade. Para além disso, o banco privado Alemão Hauck & Aufhäuser juntou-se também como parceiro a este programa que já contava com a parceria do Hospital da Luz Learning Health.
As várias edições do Protechting têm permitido assim incrementar fortemente a cultura de inovação na Fidelidade, com um envolvimento muito positivo de vários colaboradores da Fidelidade e de todos os parceiros do Protechting, o que tem catalisado as dinâmicas de trabalho na área da inovação. Outro ganho deste programa tem sido a oportunidade para antecipar tendências tecnológicas e de modelos de negócio disruptivos, o que contribui para o reforço da nossa posição competitiva nos mercados onde estão inseridos.
O lançamento do Protechting 4.0 atingiu um recorde de 400 candidaturas oriundas de 53 países. Foram seleccionadas 12 startups finalistas, que integraram a fase de aceleração desta edição do programa que pretendeu apoiar o desenvolvimento de projectos internacionais que contribuam para melhorar a protecção das pessoas em áreas estratégicas, como Healthtech, Insurtech, Fintech, mas com uma preocupação acrescida nas temáticas do desenvolvimento sustentável.
Para além de reforçar o âmbito global do projecto, através da continuação da parceria com o Centro de Incubação de Negócios para os Jovens de Macau e a presença em novas geografias originárias dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e do Perú, a quarta edição inovou assim ao adicionar a sustentabilidade no negócio como critério de selecção das startups candidatas ao programa, exigindo um compromisso em trabalhar no futuro com projectos que tenham um impacto mais sustentável para a sociedade.
Estas conquistas são resultado de uma conjugação de factores como a crescente notoriedade conquistada pelo programa Protechting e o afincado esforço de scouting internacional de startups durante a fase de candidaturas, junto de parceiros e em eventos de empreendedorismo na Europa, América do Sul, Africa e China.
«Ao final das quatro primeiras edições, o Protechting já tinha contribuído para o desenvolvimento de mais de 50 projectos-piloto e cinco acordos comerciais. Na 5ª edição voltámos a inovar e o programa de 2022 contou com uma maior participação de parceiros internacionais, de diferentes geografias. Além dos main partners Fidelidade, Fosun e Luz Saúde, integraram esta edição a Fidelidade em Angola, a Alianza na Bolívia, a Garantia em Cabo Verde, a FID Seguros no Chile, a Fidelidade France em França, a Fidelidade Macao em Macau, a Fidelidade Ímpar em Moçambique, a Alianza Garantia no Paraguai, a La Positiva Seguros no Peru e ainda a Fidelidade Espana em Espanha», sublinha fonte oficial da Fidelidade.
O Protechting 5.0 focou-se nas áreas de Insurtech e Healthtech, procurando sempre dar prioridade às soluções ligadas à Sustentabilidade. As startups que integraram este programa tiveram contacto com players internacionais de referência nas áreas de Seguros e Saúde, em diferentes geografias, com o objectivo de desenvolver oportunidades de colaboração em projectos piloto.
Na área de Insurtech, procuraram- se soluções maduras e sustentáveis que melhorassem a experiência do cliente, com um serviço de seguros optimizado, com os participantes a serem desafiados nas áreas de Seguros Gerais, Property and Home Living (habitacional), Cibersegurança, Futuro da Mobilidade, o Poder da Tecnologia e ainda na área “Beyond Insurance” onde se consideram novas formas de negócio ou abordagens à vida pós-Covid-19.
Na área da Healthtech, o desafio foi encontrar soluções eficazes, e também sustentáveis, que melhorem a saúde e o bem-estar das pessoas, de forma segura, uma vez que a adopção de tecnologia nos cuidados de saúde tem conduzido a melhores diagnósticos e tratamentos, aumentando a eficiência no sector. Nesse âmbito, os desafios centraram-se nas áreas de Bem-estar e Lifestyle, Detecção de Doenças, Novos Tratamentos, Vida depois da Covid-19, Cuidado do Paciente e Gestão de Saúde.
«Num dos Palcos do WebSummit, que patrocinámos e onde estivemos presentes, tivemos a oportunidade de apresentar “The Insurance Innovation Big Bang” e de sponsorizar os pitchs de 3 startups finalistas do Protechting 5.0 e posteriormente de efectuar o pré-lançamento do Protechting 6.0, o qual irá decorrer em 2023. O balanço deste Programa é assim extremamente positivo já que permite a resposta a alguns dos desafios reais já identificados pela Fidelidade, mas também promove a visibilidade sobre outros desafios externos contribuindo para a aceleração da transformação e desenvolvimento».

IMPACTO
A interação com as start-ups que ao longo dos anos têm interagido com o Grupo Fidelidade dão origem à realização de muitos pilotos que envolvem colaboradores e áreas de todas as empresas que apoiam este projecto. «Este processo gera assim conhecimento com um impacto relevante na cultura de inovação e empreendorismo das nossas empresas, tornando-nos mais capazes de enfrentar os desafios de um mundo em rápida evolução. Por outro lado a aposta num programa de perfil internacional tem captado um número muito interessante de startups provenientes de diferentes geografias. Isso responde totalmente ao posicionamento de internacionalização do Grupo, antecipando e reforçando assim o posicionamento de liderança que as empresas do grupo pretendem ter em cada mercado onde actuam».
Na 6ª edição do Protechting a Fidelidade está à procura de candidatos nas áreas de Insurtech e Healthtec. «Na área de Insurtech queremos soluções maduras e sustentáveis que melhorem a experiência do cliente e que, ao mesmo tempo, forneçam um serviço de seguros optimizado. Na área de HeathTech procuranos soluções que contribuam para melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas, através da aplicação da tecnologia, a qual tem conduzido a melhores diagnósticos e tratamentos, aumentando a eficiência no sector». Assim, serão valorizadas todas as soluções que incidam nas áreas Ambiental, Social e de Governação da sustentabilidade, com maior enfoque na inclusão social, prevenção da saúde, envelhecimento, alterações climáticas e cultura.
Com a globalização e a digitalização, o país de origem das startups passou a ser bastante menos relevante. O que é importante é a capacidade de aceder a um ecossistema que permita o acompanhamento e desenvolvimento das Startups. O ecossistema de empreendedorismo em Portugal está já relativamente maduro o que tem permitido o aparecimento e desenvolvimento de Startups Portuguesas que têm conseguido singrar e fazer grandes levantamentos de capital fora de Portugal tornando-se até algumas delas em Uniocórnios. «A Fidelidade acredita na inovação como valor maior, capaz de dar um novo fôlego à economia e à sociedade. Estamos assim ao lado dos empreendedores para apoiar os que querem investir nas suas ideias e nos seus projectos, gerando negócio. Acreditamos que os empreendedores são criadores de novas dinâmicas de trabalho e de uma nova economia, capaz de impulsionar as empresas e a sociedade. Abrir as portas aos empreendedores e à inovação para crescer é assim essencial. É preciso alargar horizontes, pensar como alguns projectos podem contribuir para o desenvolvimento da actividade, da eficiência, do negócio e do desenvolvimento das sociedades do futuro, nomeadamente em termos de sustentabilidade futura», conclui José Villa de Freitas.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Empreendedorismo e apoio a startups”, publicado na edição de Maio (n.º 206) da Executive Digest.