Enquadramento: Portugal acima da média europeia em vários indicadores no ranking da inovação
De acordo com o European Innovation Scoreboard (EIS) 2022, Portugal ocupa a 17ª posição entre os 27 Estados-Membro da União Europeia, em matéria de inovação. O País subiu da 19ª para a 17ª posição entre os 27 Estados-Membros com um aumento de 6,4 pontos percentuais entre 2015 e 2022.
No último ano, destacam-se como pontos positivos, os estudantes de doutoramento estrangeiros, a penetração de banda larga, o apoio governamental para I&D empresarial, a população com ensino superior e as copublicações público-privadas.
As principais fraquezas registadas no sistema nacional de inovação prendem-se com as emissões atmosféricas por partículas finas, as despesas empresariais em inovação por pessoa ao serviço, a produtividade dos recursos consumidores e as PME que inovam de forma colaborativa.
Este ranking europeu da inovação avalia os pontos fortes e fracos relativos dos sistemas nacionais de inovação e ajuda os países a identificar os domínios a que devem prestar mais atenção. Em Portugal, no que diz respeito à Propriedade Industrial (PI), como motor da inovação, vigoram actualmente diferentes mecanismos de apoio financeiro aos utilizadores do sistema de PI, nomeadamente às Pequenas e Médias Empresas, as quais representam 99% do tecido empresarial nacional.
Portugal ultrapassa a performance média da UE27 quanto à disponibilidade de recursos humanos altamente qualificados, à atractividade do sistema de investigação, à digitalização e à utilização das tecnologias de informação.
ECOSSISTEMAS
Uma investigação do MIT mostra que novos ecossistemas de inovação estão a emergir globalmente, fora de pólos bem conhecidos. Embora frequentemente menores ou mais especializados do que, digamos, Silicon Valley, estes pólos de actividade estão a expandir as oportunidades regionais de envolvimento empresarial em novos locais. Entretanto, as interacções digitais permitem uma participação mais ampla para além das fronteiras geográficas.
Para atingirem os seus objectivos de inovação, as empresas precisam de adoptar uma abordagem sistemática para identificar e assegurar a vantagem competitiva de trabalharem com estas comunidades de inovação. A par de um planeamento ponderado, as empresas devem empenhar-se numa interacção credível e sustentada; outros stakeholders no ecossistema da inovação estão atentos para ver se se tornam parceiros de confiança ou se se envolvem apenas esporádica ou superficialmente. Este compromisso de desenvolvimento de relações inclui gestores de topo e estende-se a gestores relevantes em diferentes unidades, bem como a líderes empresariais em toda a organização.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Inovação”, publicado na edição de Fevereiro (n.º 203) da Executive Digest.