EDP: Acelerar transição para um futuro mais verde

A transição energética é hoje um processo urgente e imparável com impacto na vida das empresas, das comunidades, de todos os cidadãos. E, como tem sido reconhecido por várias entidades, como a Comissão Europeia ou a Agência Internacional de Energia, acelerar este processo é decisivo, não só para combater os efeitos das alterações climáticas, mas também para garantir a estabilidade e a segurança do mercado energético. A estratégia tem de passar pela descarbonização e pela aposta nas energias renováveis, um caminho que a EDP antecipou há muito, em 2006, através da antecipação das grandes tendências do mercado energético e do apoio à visão de uma sociedade capaz de reduzir as emissões de CO2, substituindo a geração térmica pela renovável, descentralizando a geração de energia, promovendo redes inteligentes e o armazenamento de energia e incentivando a procura por electricidade de fontes renováveis.

Reconhecendo a emergência climática, a EDP foi uma das pioneiras a assumir o desafio das Nações Unidas durante a Cimeira do Clima, em Nova Iorque em 2019. Comprometendo-se a reduzir as emissões e a alinhar a estratégia de negócio com o objectivo de limitar o aumento da temperatura global até 1,5°C. Usando 2020 como ano base, a EDP pretende reduzir as emissões da geração térmica de mais de 50% para zero até 2030, incluindo o desmantelamento das centrais a carvão até 2025, um objectivo que está cada vez mais perto de ser alcançado. No início deste ano, a EDP divulgou o seu primeiro Relatório de Progresso do Plano de Transição Climática, após a aprovação da meta de neutralidade carbónica pela Science Based Targets initiative (SBTi). O relatório registou uma redução significativa de 34% nas emissões totais em comparação com 2022, incluindo emissões directas (scope 1) e indirectas (scopes 2 e 3). As emissões do scope 1, principalmente de energia térmica, caíram 55%, enquanto as emissões do scope 2 caíram 39% e as do scope 3 caíram 13%.

Para apoiar os esforços de descarbonização, e conforme definido no Plano de Transição Climática, em 2023, a empresa baseia-se no compromisso de atingir a meta net zero até 2040 e nos resultados do grupo de trabalho interno Net Zero Acceleration Taskforce (NZATF). Para destacar o papel e impacto da estratégia da EDP para o clima, foi criado um Programa de Aceleração Net Zero (NZAP), enquadrando o Plano de Transição Climática e que agrega um conjunto de iniciativas essenciais para reduzir directamente as emissões da empresa, permitindo o acompanhamento do desempenho da descarbonização, potenciando o envolvimento da administração de topo ao longo do tempo e priorizando um conjunto de iniciativas facilitadoras que apoiarão a transição de forma colaborativa e transparente.

Várias iniciativas foram priorizadas no NZAP e integradas ao ESG Masterplan como parte de esforços mais abrangentes de sustentabilidade – esforços de descarbonização apoiados numa transparente quantificação de emissões; aspectos sociais incorporados na transição; impactos positivos na natureza; descarbonização da cadeia de fornecimento com fornecedores comprometidos com os tópicos ESG; governação climática e transparência; mentalidade Net-Zero no conhecimento e comportamentos.

Actualmente, 79% da capacidade instalada da EDP é de origem renovável. Até 2030, a EDP comprometeu- se a aumentar esta quota para 100%. A produção limpa é a maior contribuição da EDP para a transição climática, representando 85% do investimento total do grupo no período de 2023-2026. Este investimento inclui as tecnologias eólica, solar, de hidrogénio verde e de armazenamento de energia. Nesse sentido, foi criada uma unidade empresarial dedicada à promoção de projectos de hidrogénio verde, quer em escala, associados à produção centralizada, quer em unidades mais pequenas para autoconsumo. O desenvolvimento de diferentes pilotos tem permitido à EDP reforçar o conhecimento interno e definir linhas de investimento para o futuro.

O relatório da AIE Net-Zero by 2050 estima ainda um decréscimo de mais de 70% na utilização de gás natural impulsionado pela descarbonização, com a maior parte da redução a ter lugar após 2030, especialmente na indústria. Neste enquadramento, a EDP considera o negócio retalhista do gás como uma oportunidade para contribuir ainda mais para a transição energética. Para além das suas próprias metas Net-Zero, a EDP vai mais longe no caminho da transição energética, contribuindo activamente para a aceleração da mobilidade eléctrica. Neste contexto, a EDP estabeleceu os objectivos de alcançar a instalação de mais de 40 000 pontos de carregamento de veículos eléctricos até 2025 e 100 000 até 2030, bem como alcançar 180 000 clientes com soluções de mobilidade eléctrica até 2025, nas geografias com actividade comercial (Portugal, Espanha e Brasil).

INOVAÇÃO

A digitalização e a inovação estão no centro da estratégia da EDP para liderar a transição energética em todas as áreas de negócio. A EDP está empenhada em tornar-se um líder no digital e na análise de dados, através de uma cultura digital universal em todo o grupo. Ao ser um adoptante rápido na inovação e ao concentrar-se em domínios-chave alinhados com a sua estratégia empresarial e tendências de mercado, a EDP será capaz de expandir a incubação interna e de alavancar os ecossistemas mais abrangentes para se manter na linha da frente.

A utilização de mercados voluntários de carbono, garantindo a compensação com qualidade, é urgente e a EDP espera a publicação de referências consensuais que enquadrem esta actividade, restaurando a confiança que está actualmente deteriorada, mas que é necessária para o correcto cumprimento dos objectivos que a EDP estabeleceu. A compensação de carbono será sujeita a um regulamento interno, que considerará necessariamente referências como The Oxford Principles for Net Zero Aligned Carbon Offsetting, SBTi Net- Zero Guidelines ou The Voluntary Carbon Market Integrity initiative.

Deste modo, a A EDP vai mais longe no caminho da transição energética, contribuindo activamente para o percurso de descarbonização de várias partes interessadas, promovendo incentivos em várias áreas onde pode influenciar positivamente a descarbonização ou na melhoria da qualidade de vida. Além disso, a EDP esforça-se por alargar a sua contribuição positiva através da mitigação dos impactos que a transição climática deverá ter nas cadeias de fornecimento, emprego e comunidades.

A EDP tem ainda um histórico longo de participação nas principais organizações internacionais como a UN Global Compact, WBCSD e Eurelectric, das quais são membros. O papel da empresa não se limita à presença em eventos, mas também na participação activa em diferentes grupos de trabalho nas mais variadas áreas do sector energético, desde o Clima às Finanças Sustentáveis. São igualmente chamados para trabalhar em position papers e a subscrever cartas abertas aos decisores políticos para chegarem aos stakeholders que podem alterar concretamente os obstáculos para a transição energética.

DISTINÇÃO

A EDP foi reconhecida pelos Environmental Finance’s Sustainable Company Awards deste ano, na categoria “Net Zero Progression of the Year” (‘Progressão Net Zero’), destacando a liderança global da empresa na transição energética. Este reconhecimento destaca o inovador Plano de Transição Climática da EDP e a sua evolução positiva ao longo do último ano, em linha com a meta estratégica global de net zero até 2040. Um painel independente de investidores e especialistas do sector valorizou o plano detalhado da EDP, que reflecte como grandes empresas de energia podem alinhar as suas estratégias de negócio com objectivos climáticos globais.

«Na EDP, vemos a transição energética como uma responsabilidade e uma oportunidade para liderar o caminho rumo a um futuro de emissões zero», afirma Rui Teixeira, CFO e responsável pela Sustentabilidade do grupo EDP. «Em 2024, reafirmámos este compromisso com a sustentabilidade e a descarbonização com um plano de investimento de 17 mil milhões de euros para 2024-2026, para reforçar as energias renováveis e fortalecer as nossas redes eléctricas. Mantemo-nos firmes na nossa missão de apoiar os esforços globais de descarbonização e acreditamos que, ao fazê-lo, podemos criar um mundo onde a energia renovável impulsione o progresso e a prosperidade para as gerações futuras.»

Em 2023, a EDP foi reconhecida nos Environmental Finance Corporate Sustainability Awards pelo seu compromisso com práticas sustentáveis, vencendo o prémio “Circular Economy Transition of the Year” a nível global. Este reconhecimento destacou os esforços da EDP em integrar os princípios da economia circular, particularmente em resposta a directrizes internacionais, como o Acordo Verde Europeu e a Taxonomia de Finanças Sustentáveis.

A empresa também tem impulsionado iniciativas inovadoras de reciclagem e eficiência de recursos, reforçando ainda mais a sua liderança em sustentabilidade. No ano anterior, a EDP ganhou o prémio “Community Involvement Program of the Year” pelo seu programa de Transição Justa em Sines (Futuro Activo Sines), que apoiou os trabalhadores e a comunidade local durante o encerramento da central a carvão. A central de Sines, com 1,3 GW, foi encerrada em 2021 após 36 anos de operação, havendo planos de reconverter o local numa unidade de produção de hidrogénio verde com 100 MW de capacidade de electrólise. Com este novo reconhecimento que destaca o Plano de Transição Climática, a EDP reforça a sua posição como líder global na transição energética, abrindo caminho para a transformação do sector rumo a um futuro mais verde e sustentável.

» Rui Teixeira, CFO e responsável pela Sustentabilidade do grupo EDP

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Redução da pegada ambiental”, publicado na edição de Outubro (n.º 223) da Executive Digest.

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