Colombo: «Existe sempre margem para crescer»

A cor e as torres não o deixam passar despercebido. Afirmaram-se como uma referência de espaços comerciais na Grande Lisboa e, apesar de terem alcançado esse estatuto, continuam a investir e a inovar para os clientes e lojistas. Falamos do Colombo.

«A missão do Colombo, enquanto espaço que combina compras, serviços e lazer, passa por garantir uma oferta de lojas única, proporcionando uma experiência de visita segura e confortável». Quem o garante é Paulo Gomes, director do Centro Colombo.

Isso inclui a atenção constante às exigências do mercado, através de uma escuta activa dos visitantes, parceiros e lojistas, que garante ao Colombo uma posição de destaque no segmento do retalho comercial, com uma oferta completa, conveniente e diferenciadora. «Procuramos inovar, estar a par das tendências e tirar partido da nossa dimensão para proporcionar momentos que aportam valor, respondem às necessidades e – inclusive – surpreendem os consumidores», acrescenta.

Reflexo disso é a diversidade de eventos culturais e de lazer que fazem parte da agenda do centro, ao longo do ano, desde A Arte Chegou ao Colombo ao Hospital da Bonecada, numa Praça Central que se quer sempre dinâmica.

Mas, também, obviamente, uma ampla oferta de lojas, que é fortalecida de forma constante – desde novas marcas, algumas das quais escolhem o Colombo para se instalarem em Portugal, às que se reinventam com novos conceitos e proporcionam uma experiência de compra melhorada. As recentes aberturas da Lindt, da Gleba, da New Balance, a ampliação da Primark e a renovação da TOUS e da Nespresso são alguns exemplos, aos quais se juntam, já em Agosto, uma Flagship da Massimo Dutti e uma nova e surpreendente FNAC.

Ainda neste âmbito, o Colombo implementa várias iniciativas para melhorar a experiência do cliente, entre eles a adição de novas lojas e serviços, como os espaços para teletrabalho – tanto cabines individuais, como o [MY PLACE] To Co-work, um local gratuito e adequado para trabalhar em grupo –, os postos de carregamento para carros eléctricos, e a do [MY PLACE] To Park, que torna possível a reserva de um lugar de estacionamento, antes do momento da visita, através da app.

«Somos, assim, um destino de eleição para compras, onde estão reunidas grandes marcas, mas que se transforma também num espaço de cultura ou num confortável co-work», destaca Paulo Gomes.

SUPERAÇÃO

A exigência do mercado e dos consumidores apresenta-se como um desafio constante para as empresas gestoras de espaços comerciais. «Faz parte do desafio de qualquer espaço comercial a adaptação aos vários momentos do mercado. Enquanto consumidores, todos nós somos muito exigentes e dinâmicos», afirma.

Para além disso, o crescimento das compras online foi uma ameaça que se transformou num aliado e uma ferramenta que irá ajudar os visitantes a fazerem compras no Colombo. Desta forma, é possível maximizar a satisfação dos consumidores e garantir que aplicam aquele que é um dos seus eixos fundamentais: a inovação.

Para fazer face a estes desafios, é também fundamental o suporte. «Há um trabalho de suporte e colaborativo que desenvolvemos diariamente com os lojistas, com base numa gestão próxima e partilha de informações, que nos permite criar, em equipa, uma resposta alinhada com as necessidades do público. Junta-se a isso a promoção de marcas e conceitos que vamos fazendo, incluindo nas redes sociais, para mantermos a visibilidade das lojas e acesso às mesmas», esclarece.

Como parte desse apoio estão a colocar as novas tecnologias ao serviço do Centro. Assim, nos últimos anos, para reforçar a presença no digital e responderem a um formato que os consumidores valorizam, abraçaram a experiência omnicanal. Como exemplo, destacam a melhoria, em questões de usabilidade e design; adicionaram novos serviços à app; e contam com um chat bot com inteligência artificial que proporciona um atendimento personalizado.

O director do Centro Colombo admite que o objectivo passa por aumentar a integração de tecnologias avançadas, incluindo também em iniciativas culturais, por exemplo, que incorporam elementos digitais. Para além disso, contam com as redes sociais para promover uma maior interacção com os clientes, com conteúdos informativos e diferenciadores.

Paulo Gomes adiantou ainda que estão, actualmente, a investir no âmbito da omnicanalidade, e que serão divulgadas novidades ainda este ano.

SUSTENTABILIDADE

Na última época, o Colombo reduziu o consumo de energia para metade, fruto de medidas que vão desde a substituição das luzes tradicionais pelas LED à instalação de sensores automáticos de iluminação, passando pela optimização do horário de iluminação, entre muitas outras.

No que diz respeito à água, por exemplo, reutilizam a água das chuvas, dos lavatórios e da purga das torres de arrefecimento, e instalaram torneiras com sensores e caudais reduzidos.

Já no campo dos resíduos, actualmente, reciclam 62% daquilo que produzem, devido a práticas como a instalação de mesas de triagem de resíduos indiferenciados, recolha dos orgânicos, levantamento de resíduos específicos porta-a-porta, sem esquecer formação e sensibilização dos colaboradores, lojistas e visitantes.

Pra além disso, este verão fazem parte da campanha “Sustentabilidade no Centro” – promovida pela Sonae Sierra nos centros comerciais sob a sua gestão –, em que são revelados os dados alcançados nos últimos 10 anos, por via de instalações especiais na praça central – mupis, puffs e outros materiais de comunicação –, sublinhando que é em conjunto com quem nos visita que conseguimos diminuir o nosso impacto ambiental.

Paulo Gomes não esquece que em 2024 obtiveram, pela décima vez consecutiva, o certificado Building Research Establishment Environmental Assessment Method (BREEAM), um sistema de avaliação internacional que mede o grau de sustentabilidade ambiental dos edifícios, nas vertentes estruturais (propriedade) e de gestão operacional.

HORIZONTE

Actualmente, o Centro Colombo está a passar por uma remodelação integral da sua imagem e é possível assistir diariamente à evolução dos trabalhos, nas lojas e nos espaços comuns. Nos últimos dois anos, apresentaram mais de 200 novidades, entre lojas e instalações de novos conceitos.

Olhando para o futuro, nos próximos dois anos serão inauguradas novas surpresas, estando já prevista a melhoraria de algumas dimensões do edifício, fazendo eco das sugestões dos visitantes. Decorre, igualmente, a construção de um novo edifício de escritórios, cuja conclusão se espera para finais de 2025, que irá melhorar uma das vias de circulação na periferia do edifício.

«Existe sempre margem para crescer, obviamente, porque, no Colombo, queremos superar-nos, ano após ano, e temos uma estrutura sólida para isso. Além de novas lojas, ou a atracção de mais marcas que contribuam para o dinamismo e a diferenciação da nossa oferta, faz parte da nossa evolução a apresentação de novos serviços para um atendimento mais direccionado e personalizado », admite Paulo Gomes.

Ao olhar para o futuro do comércio físico, o director do Centro Colombo acredita que este se vai manter relevante para uma grande parte das pessoas, pelo tipo de experiência que proporciona, mas terá, sem dúvida, de ser complementado com ferramentas digitais que permitem tirar o maior partido do momento de compra, tornando-o mais ágil.

«Tudo aponta para que os centros comerciais do futuro se venham a tornar cada vez mais híbridos, combinando a experiência física com o digital, com a tecnologia, a inovação e a personalização a ocuparam papéis de destaque. Acredito que serão espaços onde as pessoas podem encontrar tudo aquilo que procuram, de forma cómoda e eficaz, e que se mostram simultaneamente comprometidos com a sustentabilidade, mas também com o lazer e a cultura», explica Paulo Gomes.

Assim, desta que este é o percurso que têm traçado nos últimos anos, e que continuarão a seguir para se manterem na linha da frente das tendências de mercado e satisfazerem as necessidades de todos os que escolhem o Colombo.

>> Paulo Gomes, director do Centro Colombo

 

 

 

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Grandes Espaços Comerciais”, publicado na edição de Agosto (n.º 221) da Executive Digest.

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