CBRE: Valorização de activos imobiliários

Liliana Soares, Head of ESG & Sustainability da CBRE, fala sobre a sustentabilidade no imobiliário.

O que significa sustentabilidade no âmbito imobiliário?

A sustentabilidade no âmbito imobiliário, particularmente à luz do trabalho da CBRE e do seu posicionamento ESG, refere-se a práticas que visam garantir a valorização de activos imobiliários nas suas vertentes ambientais, sociais e económica, melhorando a performance destes edifícios, a satisfação e bem-estar dos seus ocupantes e garantindo uma melhor vivência das cidades e do território. Mais do que um aspecto que valoriza os activos, a aposta em ESG é actualmente uma ferramenta que permite identificar e minimizar riscos quer sejam estes riscos climáticos, desconformidade regulamentar, de transição ou outros, seja na perspectiva de um investidor imobiliário ou de um ocupante.

De que forma está a CBRE a apoiar os proprietários no processo de descarbonização?

Neste caminho para a descarbonização o nosso maior contributo para os proprietários e investidores com os quais trabalhamos relaciona-se com:

Análise e auditoria energética, identificando de forma detalhada o perfil de consumo de energia e oportunidades para melhorias na eficiência energética dos edifícios.

Apoio na implementação de soluções de descarbonização, como sejam os sistemas de gestão, monitorização e automatização de edifícios ou na selecção das melhores soluções de energias renováveis, entre outros.

Monitorização e reporte de desempenho, não só avaliando o progresso mas também fornecendo as ferramentas para que os nossos clientes possam comunicar de forma transparente os seus compromissos e resultados em matérias de descarbonização.

As certificações são um selo de garantia de sustentabilidade?

As certificações de edifícios sustentáveis, como LEED, BREEAM e WELL, continuam a ser um selo de garantia importante para a sustentabilidade. De acordo com o estudo da CBRE de 2023 “Is Sustainability Certification in Real Estate Worth it?”, os edifícios de escritórios certificados são claramente uma tendência crescente no mercado europeu, têm prémios de renda cerca de 7% superior a edifícios não certificados e apresentam maiores taxas de ocupação.

Quais as 3 palavras que escolheria e porquê, para definir a cidade do futuro?

Resiliente – adaptada aos riscos das alterações climáticas e preparada para responder a eventos extremos como cheias ou ondas de calor.

Conectada – não só relacionada com a acessibilidade e mobilidade de baixo impacto mas também no que respeita à promoção da interação social no espaço público e à capacidade que a cidade pode ter em proporcionar um verdadeiro sentido de comunidade de todos e para todos.

Naturalizada – a regeneração de espaços naturais, a criação de hortas urbanas, a promoção do contacto com a natureza e a despavimentação são só alguns exemplos da aproximação da cidade ao espaço natural. É sobejamente conhecida a influência que isso pode ter na saúde, no bem-estar e na satisfação dos seus moradores e no aumento da resiliência das cidades.

» Liliana Soares, Head of ESG & Sustainability da CBRE

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Redução da pegada ambiental”, publicado na edição de Outubro (n.º 223) da Executive Digest.

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