AESE Business School: O empreendedorismo como marca inegável do AESE Executive MBA

Uma das provas disso, entre outras, é a inclusão de uma disciplina no âmbito do AESE Executive MBA desde a sua primeira edição, que retrata todas as temáticas para realizar um plano de negócios que, muitas vezes, deram origem a startups, algumas delas sendo hoje empresas consolidadas nos respectivos mercados onde actuam.

Ao longo de dois anos, os alunos são desafiados a aprender diversas temáticas de gestão através do famoso método do caso e de outras ferramentas de ensino. Esse conhecimento adquirido é posto à prova nesta disciplina de empreendedorismo. É muito diferente testar conceitos através de casos reais, mais ou menos editados, simuladores de negócios ou até mesmo conferências de um determinado tema versus desenhar do zero, de uma folha em branco, um plano de negócios consistente, robusto, realista, atractivo para investidores e restantes stakeholders.

Na disciplina de Entrepreneurial Initiative, os alunos passam por um processo de ideação onde, através de ferramentas próprias, mapeiam diversas soluções com critérios de elegibilidade e atractividade. Esse processo é crítico para um desenvolvimento eficaz do plano de negócios em todas as suas dimensões, estratégia, marketing, vendas, operações ou finanças. Felizmente, a AESE Business School tem vários casos de alunos que lançaram as suas startups em diferentes áreas de actividade. Algumas delas morreram (processo perfeitamente normal no ciclo de vida de uma empresa), mas muitas continuam a ser casos de sucesso.

O empreendedorismo e a inovação é, hoje em Portugal, uma indústria em forte crescimento. Temos dos melhores indicadores mundiais, o nível do desempenho das nossas startups, temos um bom enquadramento social e económico para lançar uma empresa, temos diversas opções de apoio a nível governamental para a criação, desenvolvimento e internacionalização de empresas e por isso esta indústria já não é uma moda. Uma das fortes alavancas foi a vinda do Web Summit para Portugal. Seguramente, foi uma externalidade muito positiva que alavancou fortemente este sector no nosso país.

No entanto, temos a certeza de que mesmo quando o Web Summit não estiver em Portugal, a indústria vai continuar a florescer. Em 2023, foi realizado um investimento aproximado de 1000 milhões euros em startups e scale ups. Mais de metade, cerca de 600 milhões, foram alocados só ao formato startups. Somos um país excelente para empreendedores internacionais virem implementar os seus projectos. Temos um conjunto de características muito positivas que potenciam a realização de provas de conceito, minimun viable products, pilotos, etc. Portugal tem a 26.ª posição no Global Startup Ecosystem Index Report, o que a nível mundial é bastante positivo. Temos um bom nível de early adoption tecnológico, estamos no top 10 dos países com melhor nível de inglês, para além de bem posicionados no ranking de talento intelectual e científico. Cerca de 2500 pessoas estão empregadas no ecossistema das startups e continuamos com sete unicórnios, o que é um número bastante interessante para a nossa dimensão.

No ano passado, este ecossistema facturou cerca de 2,2 milhões de euros em receitas, em que 1,3 milhões foram classificados como exportação. Seguramente, temos ainda muitos desafios pela frente, mas estamos a fazer um caminho muito positivo.

Neste dinâmico sector do empreendedorismo, a academia desempenha um papel fundamental na promoção de ideias inovadoras, na transformação de mentalidades e no impulso das startups para o sucesso. Além da educação tradicional, a academia deve funcionar como um hub de inovação, investigação e colaboração com diferentes stakeholders deste ecossistema, fornecendo recursos, ferramentas e capacitação a aspirantes a empreendedores. Na disciplina de empreendedorismo do AESE Executive MBA, temos um terreno fértil para cultivar um ecossistema empreendedor, promovendo uma cultura de inovação, gestão de riscos e colaboração. Tentamos reunir diversos talentos em diferentes temáticas, recorrendo à presença de key opinion makers que partilham com os participantes know-how e experiência real sobre como ser empreendedor.

No global, a academia desempenha um papel crítico na indústria do empreendedorismo, impulsionando a inovação, promovendo o talento e alimentando o crescimento económico. Ao cultivar ecossistemas empresariais, facilitamos a transferência de tecnologia e fornecemos conhecimento. As universidades têm um papel vital na capacitação dos empreendedores para transformarem as suas visões em realidade. Vivemos numa era em que a capacidade de inovar e empreender não apenas impulsiona o progresso, mas também cria todo um novo futuro. No AESE Executive MBA, estamos comprometidos com a excelência e a preparação de líderes e empreendedores para os desafios do mundo real. O empreendedorismo não se limita apenas à criação de novos negócios, mas também envolve a capacidade de identificar oportunidades, resolver problemas de forma criativa e transformar ideias em ações concretas. É uma mentalidade que valoriza a iniciativa, a resiliência e a procura contínua pelo conhecimento. Da mesma forma, que a inovação é o motor do progresso. É a chave para encontrar soluções inovadoras para os desafios globais, impulsionar o crescimento económico e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Promover a inovação em todas as áreas do conhecimento é essencial para mantermos nossa relevância e impacto positivo na sociedade.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “MBA, pós-graduações & formação de executivos”, publicado na edição de Maio (n.º 218) da Executive Digest.

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