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XXXVIII BARÓMETRO EXECUTIVE DIGEST: Marília dos Santos, VOLKSWAGEN SIVA

A análise de Marília dos Santos, Directora-geral da VOLKSWAGEN SIVA

Neste mês de outubro, o Barómetro da Executive Digest, no 38º Questionário, projeta um crescimento positivo, com mais de 50% das empresas a estimar um crescimento superior a 2,5% até ao final do terceiro trimestre. Além disso, 32% das empresas indicam um crescimento acima de 10%, refletindo um otimismo económico num contexto desafiante. Esses dados sublinham um cenário de crescimento empresarial e demonstram a adaptabilidade das empresas, mesmo perante desafios económicos, entre outros. Dentro deste contexto, alguns dados a destacar:
50% das organizações têm um plano para aumentar os investimentos em tecnologia.
39% afirmam que um dos eixos de melhoria da competitividade centra-se na revisão de custos e eficiência operacional.
32% indicam que o foco da competitividade está na melhoria continua da experiência do cliente.

As projeções empresariais acima referidas baseiam-se em reformas estruturais na administração pública e na reforma do sistema fiscal. As prioridades incluem áreas fundamentais como a eficiência da administração pública, a redução de custos, a digitalização e a inovação tecnológica, alavancando o reforço na industrialização e inovação na produção. São algumas das medidas que as empresas referem como prioritárias para contrariar o baixo nível de investimento público que tem ocorrido em Portugal nos últimos 10 anos, o mais baixo da União Europeia.

As reformas referidas e o otimismo das empresas, apesar de aproximadamente 40% considerarem que a regulação da atividade é excessiva, refletem uma capacidade de adaptação e recuperação característica da cultura portuguesa, ainda que, num contexto económico e mundial de grandes desafios para toda a humanidade.

Em Portugal, os desafios variam conforme o futuro da competitividade europeia e os impactos globais, como as eleições americanas. Reforçando a tendência positiva das empresas portuguesas, neste barómetro 46% das empresas considera que a eleição americana tem um impacto pouco significativo. No entanto, será necessário aguardar para avaliar e medir esses efeitos em ambiente real, reforçando que o otimismo e confiança é algo que nos caracteriza culturalmente.

Testemunho publicado na edição de Outubro (nº. 223) da Executive Digest, no âmbito da XXXVIII edição do seu Barómetro.

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