XXXIV BARÓMETRO EXECUTIVE DIGEST: Nuno Pinto de Magalhães, Central de Cervejas e Bebidas
A análise de Nuno Pinto de Magalhães, Presidente do Conselho de Administração / Chairman da Central de Cervejas e Bebidas
A imprevisibilidade continua a ser o tópico em cima da mesa… Nos últimos anos temos vivido assim, e não se perspectiva que se altere… 53% dos gestores inquiridos referem que a incerteza é o que se espera para 2024. Continuamos com uma guerra na Europa, que está num impasse, iniciou-se uma guerra no Médio Oriente, estamos com tensão no Mar Vermelho, que afecta custos logísticos e de transporte, temos diversas eleições previstas em 2024, nos EUA, na Europa, e em Portugal, com resultados imprevísiveis e, apesar de tudo isto, existem evidências da redução das taxas de inflação e de juro, e a generalidade das ecónomias mundiais encerram, 2023, melhor do que se pensava, destaque para os EUA. Os gestores inquiridos referem que 2023 foi um bom ano, 43% cumpriram os seus objectivos, e 40% ultrapassaram-nos… Aliás no mesmo “mood” do balanço efectuado em 2022… Para 2024, a maioria dos gestores inquiridos, 81%, está confiante no desempenho financeiro das respectivas organizações, 83% estimam crescer face a 2022 (55% até 10% e 28% de 10% a 20%). No que toca à expectativa de evolução percentual de investimento, face a 2023, 50% dos inquiridos estima aumentá-lo. O crescimento orgânico lidera a expectativa para impulsionar o crescimento de receitas, logo seguido do lançamento de produtos/serviços e eficiência operacional. Ainda para 2024, o maior desafio que se coloca aos inquiridos é aumentar a rentabilidade do seu negócio, tendo 51% referido que não pondera expandir os seus negócios para outros mercados e dos que ponderam, 15%, indicam a União Europeia. Para finalizar a grande aspiração, 59%, dos inquiridos sobre reformas estruturais para o futuro, certamente não em 2024, são o alívio da carga fiscal.
Testemunho publicado na edição de Fevereiro (nº. 215) da Executive Digest, no âmbito da XXIV edição do seu Barómetro.