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XXXIII BARÓMETRO EXECUTIVE DIGEST: Vasco Antunes Pereira, Grupo Lusíadas Portugal

A análise de Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas Portugal

Prevê-se que 2024 não seja um ano de cautela para a nossa economia, de acordo com os resultados deste 33.º Barómetro da Executive Digest. A maioria dos gestores auscultados acredita que a estimativa feita pelo Governo para o abrandamento do PIB, em 2024, para 1,5%, é demasiado otimista. Ao mesmo tempo, a maioria dos inquiridos refere que o OE 2024 não foi pensado para responder à competitividade do tecido empresarial português. Este é um cenário que não se coaduna com o potencial do nosso País para ser mais competitivo. Prova disso é o facto de não estarmos a aproveitar a oportunidade para escalar setores-chave da nossa economia, sobretudo num período onde grandes pacotes de fundos europeus estão a entrar no País.

Olhemos, por exemplo, para a saúde, que tem registado uma evolução muito significativa nos últimos anos. De acordo com os dados recentemente citados pelo Portugal Health Cluster, este setor representa um volume de negócios anual de cerca de 34 mil milhões de euros, mais do dobro face aos 15 mil milhões de euros de despesa prevista pelo OE para a saúde. A saúde é hoje um dos maiores geradores de emprego, oferecendo uma ampla oferta de oportunidades em diversas áreas profissionais. É um setor que desempenha também um papel vital, por exemplo, na captação de investimento em I&D, introduzindo inovação no país. É, por isso, muito importante que o País invista significativamente neste e noutros setores fulcrais, de forma a aproximar Portugal de outras grandes economias, nomeadamente europeias.

Testemunho publicado na edição de Dezembro (nº. 213) da Executive Digest, no âmbito da XXXIII edição do seu Barómetro.