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XXXIII BARÓMETRO EXECUTIVE DIGEST: Raul Neto, Randstad Portugal

A análise de Raul Neto, CEO da Randstad Portugal

Os resultados do 33º Barómetro da Executive Digest estão muito direcionados para o impacto nas empresas das medidas propostas no Orçamento do Estado para o próximo ano. E a verdade é que tal como a grande maioria dos inquiridos indica, estas medidas não são pensadas para as empresas, com uma forte componente fiscal e, a meu ver, em pouco vão contribuir para o aumento da competitividade do tecido empresarial português.

Face a esta conjuntura sócio-económica não me admira que as ambições de crescimento para o próximo ano sejam simultaneamente ofensivas mas também cautelosas, e que até exista um número importante de empresas preocupadas sobretudo com a sua rentabilidade (59%), logo seguido do acelerar o desenvolvimento de novos produtos e o de melhorar a experiência do cliente. Há uma necessidade e uma vontade de fazer mais, mas ao mesmo tempo, é preciso acompanhar o mercado e todas as suas condicionantes e que têm também um grande impacto no dia-a-dia de empresas e profissionais. Estes resultados fazem antever o que pode ser o próximo ano, um ano que vai continuar a ser marcado pela incerteza face ao panorama sócio-económico, com efeitos também no emprego. Vamos continuar a assistir a um mercado candidate driven, marcado pela escassez de talento, e por isso, apostar em medidas de incentivo ao crescimento e à competitividade das empresas que permitam fomentar o investimento e encorajar a contratação de novos trabalhadores é determinante.

Testemunho publicado na edição de Dezembro (nº. 213) da Executive Digest, no âmbito da XXXIII edição do seu Barómetro.