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XXXIII BARÓMETRO EXECUTIVE DIGEST: José Crespo de Carvalho, ISCTE Executive Education

A análise de José Crespo de Carvalho, Presidente e CEO do ISCTE Executive Education

Parece evidente para os respondentes que há uma divisão entre cautelosos e os que apostam em crescimento e maior domínio do mercado para o que aí vem. No global o tom divide-se entre o otimismo e a ponderação. Será a confirmação da continuidade para muitos? E para outros não?

É que 2023 evidenciou crescimentos positivos entre 2,5% e 10% para 40% dos respondentes e mesmo maiores que 10% para 36% desses mesmos inquiridos. Se se analisar o ano de 2023 quanto a expansão, 28% dos inquiridos respondem que expandiram, 22% que reestruturaram, 17% que diversificaram e 17% que apostaram na internacionalização. Lamento, apenas a título pessoal, este último valor, 17%, na medida em que deveria ser a aposta preferida das empresas quando presentes num mercado pequeno e aberto: internacionalizar.

Dito isto, se olharmos para 2024 há, como dizia, a divisão entre expansionistas e cautelosos. Mas há também, sejamos claros, o desafio da rendibilidade. E têm sido muitas as empresas a perder rendibilidade por via da inflação, por exemplo.

Ademais, importa sublinhar quer a necessidade de estabilidade quer, ainda, o que restou da excelente sugestão vinda da CIP sobre a bonificação dos trabalhadores com prémios isentos de impostos. Havendo um aumento da massa salarial de 5% poderá, pelo desenho do governo, aplicar-se a isenção de IRS e TSU. Pena que, mesmo com limitações ao original, esta medida pareça deixar de fora uma série de entidades, nomeadamente as de caráter associativo que, diga-se, por força de razão deveriam ter igual tratamento.

Testemunho publicado na edição de Dezembro (nº. 213) da Executive Digest, no âmbito da XXXIII edição do seu Barómetro.

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