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XXIX Barómetro Executive Digest: Isabel Ucha, Euronext Lisbon

A análise de Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisbon

A competitividade da economia portuguesa é um elemento crítico ao seu crescimento futuro, e à melhoria das condições de vida dos portugueses. Para sermos competitivos, num mundo cada vez mais global, temos que desenvolver empresas maiores e mais fortes, com capacidade para investir e competir internacionalmente. Também é sabido que o tecido empresarial português é composto essencialmente por empresas muito pequenas e médias, e que as empresas portuguesas são em média mais pequenas que a média das PMEs no resto da Europa. Empresas em diversos setores beneficiariam de movimentos de consolidação e parcerias para melhorarem a sua competitividade ou mesmo até para sobreviverem. Mas esta amostra parece mostrar que este não é o caminho que está traçado pelas empresas inquiridas, pelo menos para o futuro próximo. Quando perguntadas sobre como pensam tornar-se mais competitivas, apenas 12% respondem que vão procurar novos parceiros e alianças e 7% que procuram operações de fusão e aquisição. O seu foco está antes na criação de novos produtos (39% das respostas) e em melhores processos (44% das respostas). Compreendo que, por ventura, o contexto atual de risco e volatilidade possa não ser muito favorável a decisões mais estruturais, mas também é em momentos mais difíceis ou incertos que surgem boas oportunidades. Mas temos que estar abertos a elas…

Testemunho publicado na edição de Abril (nº. 205) da Executive Digest, no âmbito da XXVI edição do seu Barómetro.