Accionistas dão luz verde à fusão Caixabank-Bankia
Os principais accionistas do Bankia e do Caixabank deram a sua bênção a uma fusão destinada a criar o maior banco nacional de Espanha, avança a agência Reuters esta quarta-feira.
As reuniões do conselho, que precisam de aprovar formalmente o acordo, serão chamadas “muito em breve”, possivelmente já na quinta-feira, disse uma fonte à agência de comunicação.
O Estado espanhol detém uma participação de 61,8% no Bankia e a fundação da La Caixa detém, através da sua empresa-mãe Criteria, uma participação de 40% no Caixabank.
“Foi dada ‘luz verde´ao negócio ontem à noite pelos seus principais accionistas”, disse outra fonte, sem dar quaisquer detalhes financeiros. O Bankia, o Caixabank e o Ministério da Economia recusaram comentar.
Os bancos em toda a Europa estão a lutar para fazer face a taxas de juro baixas recorde e ao abrandamento económico desencadeado pela pandemia de covid-19, levando os analistas a prever mais fusões para cortar custos.
O Bankia e o Caixabank anunciaram a 3 de Setembro que estavam a negociar uma fusão de acções para criar um banco com cerca de 600 mil milhões de euros em activos, dando aos credores uma capitalização de mercado combinada de cerca de 16,3 mil milhões de euros, de acordo com as actuais avaliações de mercado.
Até à data não foram anunciados pormenores financeiros do negócio, mas, esta segunda-feira, uma fonte com conhecimento directo das negociações de fusão disse à Reuters que o Caixabank valorizaria o Bankia em cerca de 4 mil milhões de euros.
Trata-se de um prémio sobre o preço médio das acções dos últimos três meses, mas abaixo do seu valor actual de 4,24 mil milhões de euros, depois de os preços das acções de ambos os bancos terem saltado consideravelmente desde que as conversações sobre a fusão foram anunciadas.