Combate ao cibercrime ganha terreno. FBI prende ‘hacker’ de grupo que já faturou milhões de dólares
As autoridades norte-americanas prenderam recentemente um suposto membro do grupo muito ativo de hackers conhecido como ‘Fin7’, cujas vítimas incluem a cadeia Chipotle e outros restaurantes de ‘fast-food’, casinos e instituições de crédito, avançam as agências internacionais.
As notícias dão conta de uma assinalável vitória do FBI contra uma das equipas de hackers mais sofisticadas e bem-sucedidas do mundo, motivadas essencialmente por dinheiro. Com os seus esquemas fraudulentos, o ‘Fin7’ já terá arrecadado cerca de mil milhões de dólares, tendo mesmo tido necessidade de criar empresas falsas para dar às suas operações um ar de legitimidade.
As autoridades prenderam o ucraniano Denys Iarmak, depois de ter sido extraditado da Tailândia, onde atuava ilicitamente sob o ‘nick name’ de GakTus. Sobre a forma como foi possível identificar e prender o hacker ucraniano, da acusação consta que “tal como outros membros do grupo, Iarmak forneceu o seu nome verdadeiro para receber o pagamento pelo seu trabalho em prol do grupo”.
A forma de atuar do ‘Fin7’ passa essencialmente por enviar e-mails de phishing para os mais variados destinos, numa operação que visa instalar ‘malware’, o qual, concede ao grupo acesso aos sistemas das vítimas.
As informações dos cartões de crédito roubadas pelo ‘Fin7’ acabam por ser vendidas em mercados negros paralelos, como o ‘Joker’s Stash’.
Segundo o FBI, esta organização é altamente profissionalizada, com os seus próprios administradores a lidar com a infraestrutura de TI para tornar os ataques mais eficientes, usando o ‘Hipchat”para entrevistar potenciais colaboradores ou o JIRA para rastrear e sinalizar problemas entre si.
Em agosto de 2018, o Departamento de Justiça dos EUA anunciou a prisão de três cidadãos ucranianos também com ligações ao grupo ‘Fin7’. O ano passado, um deles, Fedir Hladyr, declarou-se culpado das acusações relacionadas com o seu papel de administrador de TI no grupo.