“A nossa missão de atacar a NATO continua”: hackers ‘fecham’ sites da AIMA e da BUPi

A AIMA – Agência para a Integração, Migrações e Asilo – viu o site oficial atacado no início da tarde da passada quina-feira, o que tornou temporariamente indisponível: em causa, apontou a ‘CNN Portugal, esteve um ataque informático de um alegado grupo de hackers indonésio.

Na plataforma de mensagens ‘Telegram’, o grupo criminoso celebrou o ataque. “Mais um desativado”, apontou, sendo que menos de uma hora antes havia assinalado um ataque ao site do Balcão Único do Prédio (BUPi), com efeito semelhante. “A nossa missão de atacar os membros da NATO continua! De momento (…) Nós (…) vamos atacar Portugal”, pode ler-se na mensagem.

Este tipo de ataque “é comum neste tipo de grupos”, apontou Bruno Castro, CEO da VisionWare, empresa de consultoria em segurança de informação. “O objetivo é sempre o mesmo, criar ruído e disrupção. Neste caso, trata-se de um consórcio de grupos ‘hacktivistas’ – alegadamente de várias nacionalidades – anti-ocidente e anti-NATO. Estão com tarefas bem definidas e com alvos previamente delineados. É uma ação que tem alguma coordenação e que, aparentemente, terá alguma continuidade”, salientou.

Sobre o ataque, o especialista apontou que “não foi nada além do momentâneo shut-down destes dois websites”. “Com isto, fazem promoção do ataque, agitando com o fervor dos seus seguidores, chamando-os para a causa que defendem, e criam uma sensação de insegurança junto da comunidade atacada – neste caso, Portugal, mas também outros países da NATO que já foram e estão a ser visados”, finalizou.