Mercadona despede empregado por comer um croquete que ia para o lixo. Caso está a correr mundo e é isto que dizem lá fora
Um tribunal espanhol decidiu contra a Mercadona no caso de despedimento de um trabalhador que consumiu um croquete prestes a ser descartado. O caso, que começou em Espanha, chegou às páginas de jornais franceses, e atravessou o Atlântico até órgãos de comunicação brasileiros.
O jornal francês Le Parisien descreve a decisão judicial como um exemplo de excesso na punição laboral, enquanto no Brasil, o IGN considera que este foi o croquete mais caro que a cadeia de supermercados espanhola terá de pagar, enquanto o G1 levanta a dúvida sobre o sabor do croquete, não sabendo se seria de presunto, frango ou bacalhau.
O trabalhador, com 16 anos de serviço na cadeia de supermercados, foi despedido por “má conduta grave” depois de ter consumido um produto cozinhado no local durante o horário de encerramento. A Mercadona baseou a decisão na regulamentação interna que proíbe o consumo de produtos pelos funcionários sem pagamento prévio. Dois dias após o incidente, o trabalhador foi repreendido pela direção e imediatamente dispensado.
No entanto, o Tribunal Superior de Justiça de Castilla-La Mancha determinou que a ação do funcionário não configurava “falta grave” suficiente para justificar o despedimento. Segundo a sentença, a ingestão de um produto destinado ao lixo poderia ser punida com outras medidas, mas “em nenhum caso” deveria resultar na penalização máxima do mundo laboral.
Como consequência, a Mercadona foi condenada a reintegrar o trabalhador ou, em alternativa, indemnizá-lo com 39.700 euros pelos salários não pagos e a arcar com 600 euros em custas judiciais.