Jerónimo Martins atinge os 440 milhões de euros de lucro nos primeiros nove meses do ano

O Grupo Jerónimo Martins divulgou os resultados referentes aos primeiros nove meses do ano onde reportou um resultado líquido de 440 milhões de euros, embora o fluxo de caixa tenha sido negativo, cifrando-se em 387 milhões de euros negativos, impactado por fatores deflacionários que afetaram o crescimento.

Em comunicado, o grupo informa que registou um aumento nas vendas de 10,3% em relação ao ano anterior, totalizando 24,8 milhões de euros, com um crescimento ajustado a taxas de câmbio constantes de 4,7%. O EBITDA consolidado também apresentou um crescimento de 2,7%, alcançando €1,6 milhões, embora a margem tenha caído para 6,6%, comparativamente aos 7,1% do mesmo período do ano anterior.

“Como antecipámos, nestes nove meses de 2024, a inflação alimentar caiu, pondo fim aos aumentos de preços extraordinários registados nos dois últimos anos. Cruzada com a elevada subida dos custos, essa queda da inflação levou à intensificação do ambiente concorrencial e ao agravamento da pressão sobre as margens. A este contexto, já de si muito desafiante, somou-se a falta de dinamismo do consumo no nosso principal mercado”, esclarece Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins.

Em termos regionais, a Biedronka, a principal insígnia na Polónia, continuou a crescer acima do mercado, enquanto a Hebe teve um desempenho positivo, impulsionado pelo canal de e-commerce. Em Portugal, o Pingo Doce destacou-se pela crescente diferenciação da sua proposta de valor, com um novo conceito de loja centrado em alimentos frescos. A Ara, na Colômbia, reforçou a sua dinâmica promocional, respondendo às necessidades dos consumidores num ambiente de preços elevados.

Para o futuro, o Grupo prevê manter suas perspetivas de crescimento, focando na proteção da rentabilidade através da disciplina de custos e da eficiência operacional. Em 2024, a Biedronka pretende abrir entre 130 a 150 novas lojas, enquanto a Hebe continuará a expandir no canal de e-commerce.

“Nos dois últimos meses do ano, com a época do Natal a aproximar-se e tendo de gerir múltiplos focos de pressão, as nossas equipas continuarão a trabalhar para aumentar as bases de clientes, sabendo que a nossa visão de longo prazo se mantém inalterada: assegurar a competitividade das insígnias e a eficiência dos respetivos modelos de negócio, como o melhor caminho para garantir posições de mercado sólidas e rentáveis”, sublinha Pedro Soares dos Santos.

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