Conta ‘Black Insurrectionist’ no X pode afinal pertencer a homem branco

A conta anónima nas redes sociais ‘Black Insurrectionist’ (Insurrecionista Negro), responsável por algumas das teorias da conspiração mais divulgadas sobre as eleições norte-americanas pode, afinal, pertencer a um homem branco de Nova Iorque, avançou hoje a AP.

A conta usa uma foto de perfil de um soldado negro e o slogan “Eu Sigo Os Verdadeiros Patriotas”, e acumulou mais de 300.000 seguidores no X, enquanto publicava afirmações duvidosas sobre a vice-presidente Kamala Harris e o seu candidato a vice-presidente, o governador de Minnesota, Tim Walz.

Algumas publicações foram amplificadas pelo ex-presidente Donald Trump e pelo seu ‘vice’, o senador JD Vance, pelo Ohio, e pelos seus aliados republicanos no Congresso.

As alegações mais polémicas surgiram nas últimas semanas da campanha. No mês passado, publicou o que o ‘Black Insurrectionist’ alegou ser um depoimento sob juramento de um funcionário da ABC News, afirmando que Harris recebeu as perguntas antes do debate com Trump, o que a ABC News contestou vigorosamente.

Trump, no entanto, fez eco da publicação e declarou “eu amo esta pessoa”.

Mais recentemente, o ‘Black Insurrectionist’ publicou uma alegação infundada sobre um comportamento inadequado ocorrido há décadas entre Walz e um estudante, uma falsidade que as autoridades dos serviços de informação dos EUA disseram ter nascido de uma campanha de desinformação promovida pela Rússia.

O alcance que a conta ‘Black Insurrectionist’ alcançou com a ajuda de Trump e dos seus apoiantes demonstra a facilidade com que informações não verificadas de fontes duvidosas podem metastatizar-se online para moldar a opinião pública.

A velocidade e a escala da desinformação têm sido uma força animadora na campanha presidencial, com potencial para afetar o resultado de eleições renhidas.

Uma investigação da Associated Press (AP) ligou a conta ‘Black Insurrectionist’ diretamente a Jason G. Palmer, que tem ele próprio uma história questionável, a começar pelo facto de não ser negro, de acordo com uma análise de registos públicos, dados de fontes abertas e algumas entrevistas.

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