André Ventura e Pedro Pinto alvo de queixa-crime por alegado discurso de ódio sobre a morte de Odair Moniz

André Ventura, presidente do Chega, e Pedro Pinto, o líder parlamentar do partido, vão ser alvo de uma queixa-crime apresentada por um grupo de cidadãos, revelou esta sexta-feira o ‘Diário de Notícias’.

As palavras dos dois responsáveis máximos do Chega sobre o caso da morte de Odair Moniz, de 43 anos, vítima de um disparo fatal de um agente da PSP, são interpretadas como discurso de ódio: instigação à prática de crime; apologia da prática de crime e incitamento à desobediência coletiva são alguns dos ilícitos apontados – são ainda suspeitos de “associação criminosa”.

Uma das subscritoras da queixa-crime é a antiga ministra da Justiça, Francisca van Dunem – estão também entre os subscritores iniciais o social-democrata João Maria Jonet e os comentadores Daniel Oliveira e Pedro Marques Lopes. “Atingiu-se um limite. Nenhum democrata pode deixar de se indignar com estas declarações. A minha consciência obriga-me a tomar uma atitude em relação a quem se aproveita deste clima para fazer apelos ao ódio e a mais violência. Vou subscrever a queixa, que espero que seja subscrita pelo maior número possível de pessoas”, indicou, ao jornal diário.

Recorde-se que Pedro Pinto, num programa da RTP3, afirmou que “se calhar, se os polícias disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem”. Já André Ventura salientou que “nós não devíamos constituir este homem arguido; nós devíamos agradecer a este polícia o trabalho que fez. Nós devíamos condecorá-lo e não constituí-lo arguido, ameaçá-lo com processos ou ameaçar prendê-lo”, uma ideia que viria a defender mais tarde na rede social ‘X’. “Num país normal todos pensariam o mesmo, mas parece que se protegem mais os criminosos do que os polícias”, escreveu Ventura.

Mais tarde, viria a escrever: “Obrigado, obrigado. Era esta a palavra que devíamos a dar ao polícia que disparou sobre mais este bandido na Cova da Moura (…). Tentou esfaquear polícias, estava a fugir deles, e estava a cometer crimes com toda a probabilidade. (…) Sim, o polícia esteve bem.”






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