Cabaz de alimentos essenciais fica quase sete euros mais caro numa semana. Fiambre, cereais e salmão sobem acima 15%
O cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE subiu de preço, pela terceira semana consecutiva. Assim, o conjunto de produtos considerado custava esta quarta-feira 235,44 euros, mais 6,84 euros do que há uma semana (+2,99%).
Comparando com o início de 2024, o cabaz está 0,60 euros mais barato. Mas, se olharmos ao período homólogo do ano anterior, verifica-se uma subida de preço em 13,32 euros, e ainda maior, de 51,81 euros, se compararmos com o preço do cabaz antes do início da guerra na Ucrânia.
Fiambre, cereais e salmão são os ‘campeões’ de aumentos da semana
Observando apenas a última semana, de 16 a 23 de outubro, os produtos que mais tinham subido de preço foram os seguintes: fiambre da perna extra fatiado (20%), cereais integrais (19%), salmão (17%), flocos de cereais (13%), douradinhos de peixe (12%), couve-coração (11%), salsichas frankfurt (8%), cereais fibra (7%), queijo flamengo fatiado embalado (7%), ervilhas ultracongeladas.
Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde o início da guerra, foram registados na mercearia (36,27%, mais 15,29 euros) e no peixe (33,13%, mais 19,98 euros).
Peixes com maiores aumentos no último ano
Comparando os preços do cabaz da última semana com o mesmo conjunto de produtos adquiridos há um ano, verifica-se que foram os seguintes produtos os que registaram maior incremento de preço: pescada fresca (40%), dourada (36%), atum posta em azeite (31%), cereais integrais (31%9, curgete (31%), peixe-espada-preto (30%), bacalhau graúdo (30%), carne de novilho para cozer (18%), arroz agulha (12%), pão de forma sem côdea (12%).
Pescada já subiu 96% de preço desde início da guerra na Ucrânia. Azeite virgem extra 90% mais caro
Já olhando aos preços do cabaz da última semana e comparando-os com o mesmo conjunto de produtos adquiridos a 23 de fevereiro de 2022, antes do conflito na Ucrânia, verificam-se que os seguintes produtos registaram os maiores aumentos de preço: pescada fresca (96%), azeite virgem extra (90%), cebola (64%), arroz carolino (59%), polpa de tomate (58%), flocos de cereais (57%), açúcar branco (56%), batata vermelha (53%), dourada (52%), cereais integrais (52%).