UE dá o primeiro passo nas negociações para a adesão da Albânia

A União Europeia deu, esta terça-feira, o primeiro passo nas negociações com a Albânia para a integração no bloco europeu, abrindo os primeiros capítulos relacionados com questões fundamentais como Estado de Direito, poder judicial, os concursos públicos ou o controlo financeiro.

Numa reunião no Luxemburgo, à margem da reunião de ministros dos Assuntos Europeus, a UE realizou a segunda reunião intergovernamental com a Albânia, representada pelo primeiro-ministro Edi Rama, com quem abriu formalmente negociações para a entrada no bloco europeu, uma etapa que surge após o cumprimento dos critérios básicos do acervo europeu.

Edi Rama garantiu ser um passo que representa “uma conquista” tanto para a Albânia como para a UE. “É um marco histórico neste caminho de reunificação de toda a Europa”, referiu, sublinhando o compromisso de Tirana com a integração europeia e nas reformas que implica esse compromisso.

“Não podemos ter um plano B. A nossa história ensinou-nos que este não pode ser encontrado fora da UE. Para isso, não se trata de uma retórica pró-europeia, mas sim de uma questão de vida ou de morte, para o nosso sonho de viver num país onde as liberdades inquestionáveis, a democracia funciona e o Estado de Direito aplica-se a todos. As alternativas a estes sonhos são apenas diferentes tipos de pesadelos”, referiu o chefe de Governo albanês.

Reiterou ainda que para a Albânia “não há outro futuro, nenhum outro lugar, nenhum outro caminho” que não avançar para fazer parte da UE, referindo ter um “plano ambicioso” com o objetivo de que a Albânia esteja pronta para entrar no clube comunitário até ao final desta década.

Com esta reunião, a UE abre praticamente negociações com a Albânia, que recebeu aprovação dos 27 em julho de 2022, juntamente com a Macedónia do Norte – que no entanto permanece no limbo, depois de não ter avançado com as condições impostas por Budapeste, que exige que reconheça a minoria búlgara na sua Constituição.