Ministro de extrema-direita de Netanyahu garante que está a trabalhar para travar acordo de cessar-fogo com Hamas

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, de extrema-direita, assegurou esta quarta-feira que “trabalha para travar as negociações” com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) sobre um possível cessar-fogo na Faixa de Gaza que inclua a libertação dos reféns israelitas.

“A trabalhar para interromper as negociações com o Hamas. Um país onde seis reféns são assassinados a sangue frio não conduz negociações com os assassinos, mas encerra as negociações, o fornecimento de combustível e eletricidade e arrasa-os até entrarem em colapso”, afirmou, num post na rede social ‘X’.

Ben Gvir sustentou que “a continuação das conversações apenas as incita a criar cada vez mais terror, também na Judeia e na Samaria”, numa referência ao nome bíblico da Cisjordânia.

As palavras do líder do partido Otzma Yehudit surgem dias depois da descoberta pelas tropas israelitas dos corpos de seis reféns em Gaza, sendo que Telavive afirmou que foram executados pelo Hamas – o braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzeldin al Qassam, já alertou que uma maior pressão militar equivale a “morte e fracasso”.

O porta-voz do braço armado do grupo transferiu, esta segunda-feira, a responsabilidade pela morte dos reféns para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e sublinhou que foram dadas novas instruções aos responsáveis pela detenção dos reféns sobre “como tratá-los se as tropas israelitas se aproximarem dos locais onde estão”.